Jun 2022
15
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Inovação a serviço da sustentabilidade

Com a criação do fundo de investimento corporativo, a Suzano pretende acelerar o processo de inovação aberta e se tornar uma plataforma global de estímulo ao empreendedorismo. “Acreditamos que, juntos com o nosso ecossistema, podemos fazer parte da renovação do modo de vida, a partir do desenvolvimento contínuo e acelerado de soluções na área de bioeconomia com base na biomassa florestal.”, afirma Julio Ramundo, Diretor de Negócios de Carbono e Corporate Venture da Suzano.

Inicialmente, a prioridade será para startups ou empresas com inovações em aplicações de biomassa celulósica, soluções que fomentem o uso de embalagens celulósicas, além de agtechs que acelerem a produtividade agroflorestal e a captura, mensuração e gestão do sequestro de carbono. Os aportes serão realizados em negócios em estágio inicial (Seed) e mais estruturados (Series A), mas também haverá programas de aceleração com equity para alavancar soluções que estejam em estágio laboratorial ou buscando validação comercial (pré-Seed).

A Suzano Ventures poderá realizar investimentos em startups no Brasil e no exterior. Os negócios selecionados estarão alinhados à estratégia de longo prazo da Suzano, que tem na ‘Inovabilidade’ – a inovação a serviço da sustentabilidade -, uma alavanca importante para seu negócio. Ao mesmo tempo, aproximarão ainda mais a companhia do ecossistema de empreendedores que desejam fortalecer a bioeconomia, a partir do desenvolvimento e aplicação de tecnologias de baixo carbono.

Investimentos anteriores

Ao longo dos últimos anos, a Suzano tem investido em startups com o objetivo de identificar novas avenidas de aplicação da biomassa de eucalipto. Entre os casos de sucesso está a empresa finlandesa Spinnova, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia para a produção da primeira fibra têxtil sustentável do mundo, desenvolvida a partir de celulose microfibrilada (MFC) de madeira — fibra de celulose reduzida a dimensões nano, fruto de inovação disruptiva.

O investimento inicial da Suzano na Spinnova foi de € 5 milhões e ocorreu em 2017. Foi seguido por rodadas de aporte complementares até 2021, quando a empresa europeia abriu seu capital com um valor de mercado de € 390 milhões. Atualmente, está sendo construída a fábrica da Woodspin – joint venture entre a Suzano e a Spinnova – com previsão de produção da fibra para marcas têxteis globais ainda em 2022.

Agora, com a Suzano Ventures, a companhia pretende garantir maior agilidade na análise de projetos com propostas e soluções e teses de investimento definidas. Para isso, contará com um time dedicado para sua operação, enquanto a governança para avaliação técnica e financeira dos targets de investimento incluirá especialistas de P&D da companhia, que já estão presentes em ecossistemas de inovação no Brasil, na América do Norte, na China e em Israel.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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