Conheça as startups capixabas voltadas ao agronegócio que ganharam destaque no Brasil e até no exterior e multiplicaram o faturamento
O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo: possui compradores em mais de 140 países. Cerca de 80% do gado de corte é nelore. Animais da raça também são maioria nas pastagens capixabas. Criadores apostam no melhoramento genético para elevar o nível de todo o rebanho e, assim, oferecer ao consumidor carne de melhor qualidade.
Há aproximadamente 30 quilômetros de Vitória, entre Cariacica e Santa Leopoldina, fica a fazenda dos Laranja. A família cria gado da raça nelore há mais de 30 anos. “Antes nós comprávamos alguns animais em leilões. Isso melhorou nosso trabalho, mas ainda assim era um gado muito ruim.”, destaca o patriarca Dailson Laranja.
Por isso a família apostou em processos de melhoramento genético. O pecuarista Anselmo Laranja explica: “nós queremos fazer um animal cada vez mais fértil, que esteja pronto para o consumo humano em menor tempo, com carne de baixo colesterol. Isso demanda esforço para identificar os animais que têm possibilidade de transmitir aos filhos.”.
Os Laranja foram pioneiros na prática no Espírito Santo. Atualmente possuem 2 mil cabeças de gado nelore. “Pegamos a melhor vaca que nos daria um bezerro por ano. Após o acasalamento com o melhor touro, coletamos o embrião e colocamos em outras vacas e assim conseguimos ter 30, 40, 50 filhos do melhor animal.”, ressalta Anselmo.
No Espírito Santo, há quase 2 milhões de cabeças de gado espalhadas por 1 milhão e meio de hectares. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), somente a pecuária de corte movimenta mais de 600 milhões de reais por ano.
Por meio do melhoramento genético, o estado contribui para a posição de destaque do Brasil nas exportações. “O nelore se transformou na maior máquina de produção. Com a prática, iniciada na década de 80, o Brasil se tornou o maior exportador de carne bovina do mundo.”, afirma o presidente da Associação de Criadores de Nelore do Brasil Nabih Amin El Aouar.
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