Jul 2022
9
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Altitude e clima da região favorecem o cultivo

Subir o Pico da Bandeira e acompanhar lá de cima o nascer do sol é, literalmente, o ponto alto da visita ao Parque Nacional do Caparaó. Dez municípios capixabas estão localizados no entorno da unidade de preservação. Beneficiada pela altitude e pelo clima da região, a agricultura é a principal atividade econômica.

A cafeicultura é destaque com a produção de cafés especiais. O agricultor Greciano Lacerda iniciou o cultivo em 2010. “Até então a gente conhecia só bebida dura, de baixa qualidade. No processo, a gente foi descobrindo os perfis sensoriais. Nós produzimos cafés frutados exóticos. Também produzimos cafés com notas florais.”, explica.

A colheita ocorre de maio a setembro e é realizada de forma seletiva. São retirados dos pés apenas os frutos maduros, diferentemente da colheita convencional. “O café verde, imaturo, a gente não colhe. Retirando o fruto no ponto ideal de maturação, a gente consegue aproveitar o melhor que essa planta tem a oferecer.”, garante Greciano.

No sítio de 2 hectares, em Dores do rio Preto, ele produz 20 sacas de café por ano. A produção é pequena, mas disputada. No último concurso de cafés especiais da região, em janeiro, Greciano vendeu uma saca de café in natura por R$ 21 mil. “Essa café foi um recorde para nós. Ele foi arrematado por três compradores.”, comemora.

Cafés especiais atraem turistas em busca de novas experiências

O cultivo de cafés especiais tem despertado a atenção dos visitantes da região. De olho nisso, alguns produtores abriram as porteiras. Dentro das propriedades, montaram cafeterias e até espaços para apreciar uma boa xícara bem pertinho das lavouras. Dessa forma, os turistas conseguem vivenciar uma experiência completa.

A bióloga Luiza Lacerda foi a idealizadora do cantinho de um cantinho especial na propriedade da família dela: um deque com vista para a plantação de café e para as montanhas, ao fundo. “Do deque, os visitantes podem ver a planta café, o fruto e tomar o café na xícara. todo final de semana tem gente aqui.”, ressalta.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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