Multinacional canadense compra a distribuidora de insumos Casa do Adubo
Pouco mais da metade (51,56%) das mulheres estão empregadas no país, de acordo com os últimos dados do IBGE. Entre os homens, o índice é de cerca de 70%. Os dados mostram que eles ainda são maioria no mercado de trabalho, mas no cooperativismo a participação feminina tem alcançado números cada vez mais positivos. As mulheres já ocupam quase 60% dos postos de trabalho nas cooperativas capixabas.
A participação feminina no cooperativismo tem alcançado números cada vez mais positivos. Ao final do triênio 2018-2020, as mulheres ocupavam 59,2% do total de postos de trabalho nas cooperativas do Espírito Santo. As informações fazem parte da última edição do Anuário do Cooperativismo Capixaba, elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras no estado, o sistema OCB/ES.
De acordo com a publicação, em 2018 o quadro era composto por pouco mais de 8 mil funcionários, sendo que 4.812 eram mulheres e 3.231 eram homens. No ano seguinte, saltou para 5.246 o número de mulheres e para 3.729 o de homens. Em 2020, ano mais recente de aferição, elas somaram 5.490 colaboradoras frente a 3.754 colaboradores do sexo masculino, totalizando 9244 funcionários.
Além disso, elas formaram a maioria no quadro de colaboradores em cinco dos sete ramos de atuação do modelo de negócio no Espírito Santo no ano de 2020: Consumo (75,6%), Crédito (61,7%), Infraestrutura (100%), Saúde (75,4%) e Trabalho, Produção de Bens e Serviços (77,8%). A participação de empregadas foi menor que a de empregados nos ramos Agropecuário (23,4%) e Transporte (48,5%).
Essa tendência de crescimento acentuado da participação feminina também foi verificada no quadro de cooperados das cooperativas do Espírito Santo. Conforme consta no Anuário do Cooperativismo Capixaba, em 2020 o número de cooperadas chegou a quase 160 mil, um aumento de 18,5% em relação ao ano anterior. Ao final do triênio 2018-2020, o crescimento foi ainda maior: 22,4%.
O número de homens no quadro de cooperados, que somaram quase 255 mil em 2020, ainda é maior que o de mulheres. Entretanto, iniciativas como os núcleos femininos – grupos criados dentro das cooperativas capixabas e exclusivamente formados por mulheres – têm aumentado a participação e a representatividade feminina no cooperativismo capixaba. É o que avalia o superintendente do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira.
“Os núcleos femininos ampliam os espaços e as oportunidades para as cooperativistas participarem de forma mais ativa das decisões e atividades de suas cooperativas. No Ramo Agropecuário, por exemplo, em que tradicionalmente há predominância masculina, os núcleos têm sido valiosos para as mulheres. Estimular o envolvimento delas nesse modelo de negócio deve ser um objetivo prioritário, pois está em nossos princípios”, destaca.
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