Jul 2022
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Participação no Espírito Startups antecipou o processo

A plataforma digital desenvolvida pelos capixabas Flávio Gianórdoli, Eduardo Bortolini e Arthur Fioroti conecta exportadoras de café, distribuidoras de insumos e cafeicultores. Por meio dela, é possível fazer, de forma mais segura, uma negociação das antigas e que continua em prática até os dias de hoje.

No barter, os cafeicultores oferecem sacas de café às distribuidoras em troca de insumos. O “pagamento” só ocorreria na safra seguinte, mas graças à plataforma pode ser antecipado. Isso porque ela garante, no presente, um valor mais ajustado para a época da colheita e informa ao produtor para quem ele deve entregar a parte reservada da produção.

Quem recebe as sacas é a exportadora, que paga por elas às distribuidoras de insumos. De acordo com os sócios, as operações começaram com o café conilon, em 2019. O negócio deu certo e registrou crescimento anual de 40%. Na safra de 2021, movimentou 18 milhões de reais, com as vendas de 23 mil sacas.

“O conilon foi o ponto de partida porque é um café mais simples, com menos variedades. A diversidade do arábica é muito maior, com mais de dez tipos diferentes na hora da classificação. E também porque o Espírito Santo é muito forte no conilon, então optamos por começar com aquilo que a gente é referência.”, explica Flávio.

A entrada do café arábica nas operações da Conta Café já estava planejada desde a idealização da startup, mas estava prevista para ocorrer somente em 2023. O processo foi antecipado após a participação dos sócios na primeira edição do reality show Espírito Startups, exibido na TV Vitória/ Record TV.

“Depois do prêmio, ganhamos mais visibilidade e isso acabou acelerando os processos de crescimento da plataforma no sentido de expansão de mercado. Lojistas e traders começaram a cobrar da gente o arábica. A nossa decisão de entrar para o arábica era em 2023 e antecipamos para o início de 2022.”, destaca Flávio.

Novos mercados e previsão de aumento no faturamento

No final de março, a startup incluiu o café arábica nas negociações. Desde então, lojistas espalhados por vários estados brasileiro passaram a utilizar a plataforma digital de barter. O volume e o valor das operações vem aumentando. O balanço só será realizado na safra de 2023, mas os sócios estimam crescimento anual de 40% no faturamento.

“A gente atingiu novas regiões, como Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. São regiões onde não tem produção de conilon ou tem muito pouco. A saca do arábica é mais valorizada e tem uma aceitação muito boa lá fora, no mercado internacional. O preço sobe porque a negociação é em dólar.” ressalta Flávio.

Para divulgar o negócio, está nos planos uma visita a exportadoras de café, em São Paulo, no segundo semestre. “Vamos convidar as traders a entrar na plataforma. A receptividade está sendo muito bacana. Quando a gente fala que é do Espírito Santo a porta sempre está aberta. O estado é um celeiro de startups e o agro aqui é muito forte.”, afirma.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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