Ago 2022
2
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Menos doenças e mais produtividade

Em Afonso Cláudio, na região serrana do estado, está localizada a propriedade do produtor rural Eduardo Veriato. Nos cerca de 500 hectares, ele cultiva café e banana. Somente em 2021, foram colhidas 1830 toneladas da fruta e 3 mil sacas do grão do tipo conilon. O sucesso da colheita é atribuído também à escolha correta das mudas.

“Quando a gente escolhe uma área nova para plantar, a gente procura um material superior. Visitamos os viveiros e escolhemos o lote mais uniforme possível. A gente quer trazer mudas com o mínimo de problemas para a nossa lavoura. Se é uma área virgem, a gente não quer trazer problemas antigos”, explica Eduardo.

Foi de olho na crescente demanda por mudas de qualidade, o viveirista Guilhermino Alves Neto decidiu iniciar seu negócio. No espaço que, também fica no município de Afonso Cláudio, ele produz principalmente mudas de café. Produz também mudas de banana para atender os produtores rurais da região.

“Comecei através de muita pesquisa e por conhecer o que se plantava na minha região e no Espírito Santo. Fui procurar as melhores cultivares com os melhores potenciais. O maior diferencial é conseguir levar qualidade genética para o produtor, porque a muda vai se tornar o fator de multiplicação do trabalho dele”, ressalta Guilhermino.

Entre os processos, destacam-se os jardins clonais e a micropropagação. Este último se trata da formação de plantas geneticamente idênticas, a partir do cultivo in vitro de células retiradas de fragmentos extraídos da planta matriz. A micropropagação pode proporcionar um aumento de 25% na produção nas lavouras.

Avanços nos processos de criação de mudas

A criação de mudas em viveiros é minuciosa. Guilhermino conta com a assistência técnica do engenheiro agrônomo Edmo Basílio, que trabalha não só para evitar a disseminação de pragas e doenças entre as unidades, mas também para garantir o máximo potencial de desenvolvimento por meio da nutrição adequada.

“O controle de pragas e doenças tem que ser feito de forma preventiva. Há o cuidado com adubações na parte de nutrição. A gente já evoluiu muito. Estamos num estágio mais avançado, com a utilização de precursores hormonais, matéria orgânica líquida para atingir a máxima qualidade final das mudas”, ressalta Edmo.

Por ano, são produzidas no Espírito Santo 35 milhões de mudas. Para exercer a atividade, os viveiros precisam estar registrados no ministério da agricultura. Para comercializar fora do estado, precisam do cadastro no instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do estado para que possam emitir o certificado fitossanitário de origem necessário ao transporte.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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