Agricultores familiares das montanhas capixabas produzem 40 mil toneladas de graviola por ano
Composto por ativos imobiliários e de crédito, o SNAG11 foi lançado pela gestora independente de investimentos Suno Asset em parceria com a produtora de sementes Boa Safra. As cotas começaram a ser comercializadas nessa segunda-feira (08) na bolsa brasileira de valores, com foco nos pequenos investidores. Somente no primeiro dia de vendas, foram arrecadados R$ 10,4 milhões.
O novo Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) conta com um montante inicial de R$ 150 milhões, sendo R$ 125 milhões aplicados em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e R$ 25 milhões no arrendamento de terras. Foram adquiridas duas propriedades no Mato Grosso que serão utilizadas pela Boa Safra para a instalação de um centro de distribuição e de uma unidade de beneficiamento de sementes.
De acordo com o CIO da Suno Asset, o capixaba Vitor Duarte, é o primeiro híbrido desde o surgimento dos primeiros fiagros, em outubro de 2021. “A gente tem esses dois imóveis alugados para a Boa Safra, mas a maior parte do nosso dinheiro está emprestado com produtores rurais. Mais de 80% da carteira está num CRA. O fundo está antecipando os pagamentos que a Boa Safra vai receber dos produtores pelas compras de sementes”.
Por meio das cotas, o SNAG11 promete impulsionar o agronegócio, que já responde por mais de um quarto do PIB brasileiro. “A produção agrícola no Brasil demanda R$ 1 trilhão por ano. Os produtores colocam 30% de dinheiro próprio e precisam que alguém coloque mais dinheiro. O governo tem o Plano Safra, mas ele cobre até R$ 250 bilhões. Faltam R$ 500 bilhões para se chegar aos outros 70%. É muito dinheiro”, destaca Vitor.
As cotas começaram a ser comercializadas na bolsa brasileira de valores nessa segunda-feira (08). Somente no primeiro dia, foram realizados 4500 negócios que resultaram nas vendas de 104 mil cotas. De acordo com levantamento da gestora independente de patrimônio, foram arrecadados R$ 10,4 milhões. O teto autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários para o fundo é de R$ 10 bilhões.
De acordo com o CIO da Suno Asset, esse é um mercado ainda pouco explorado e que possibilita a criação de grandes fundos de investimentos voltados para variadas culturas como forma de minimizar o risco, por isso a aposta. A criação do novo fiagro tem como alvos pessoas físicas, que podem diversificar suas carteiras de investimentos por meio da aquisição das cotas que custam R$ 100.
“O fiagro permite que o pequeno investidor compre a cota de um fundo que é dono de uma fazenda enorme, que está emprestando para vários produtores rurais e que tem imóveis alugados para empresas do agro. Com R$ 100 ele consegue diversificar e acessar esses investimentos. Antes da existência do fiagro, por exemplo, para ganhar dinheiro com soja, era só se você tivesse uma fazenda grande”, afirma Vitor
Ele destaca ainda que a necessidade da diversificação das carteiras de investimentos se tornou ainda mais clara durante a pandemia. “Os shoppings fecharam, as empresas entregaram escritórios e os prédios ficaram com vacância alta. Os fundos não tinham como distribuir rendimentos porque não estavam recebendo aluguel. Os fiagros não existiam na época, mas seriam uma excelente alternativa para manter a renda”.
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