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Os estoques de suco de laranja concentrado equivalentes a 66 graus brix em poder das empresas associadas à CitrusBR em 30 de junho de 2022 eram de 143.104 toneladas, uma queda de 54,8% em relação ao mesmo período do ano passado, em que foram registradas 316.929 toneladas. Em comunicado ao mercado, o diretor-executivo Ibiapaba Netto informou que os estoques finais para 2023 devem permanecer estáveis em torno de 140 mil toneladas. No entanto, o resultado pode variar de acordo com a demanda internacional pelo produto.
A CitrusBR avalia que o Brasil responde por 79% do suco de laranja comercializado no mundo. Na safra 2021/22 as exportações registraram alta de 5,33% em relação à temporada anterior, com o registro de 1,07 milhão de toneladas.
Em território capixaba a área plantada no cultivo da fruta corresponde a 1.437 hectares e uma produção de 18.410 toneladas. Jerônimo Monteiro é o município que mais se destaca na produção de laranja, com mais de 15,58% da produção estadual, seguido por Linhares (9,82%), Domingos Martins (6,56%) e Pinheiros (6,53%).
A laranja é considerada muito rica em vitaminas A e C, fibras e propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Por tantos benefícios faz parte da rotina do brasileiro o consumo in natura ou em forma de sucos. Pensando em diversificar a produção, o empresário Rodrigo Martins investiu na cultura da laranja há sete anos em um pomar de 70 hectares em Jaguaré, no norte do Estado.
O cultivo de frutas cítricas é uma importante alternativa de renda e garante a diversificação produtiva. Na propriedade é possível ter colheita quase o ano inteiro a partir do escalonamento da produção de diferentes variedades da fruta. Com a adoção de novos manejos, é normal identificar flores e frutos no mesmo pé de laranja.
“Em busca de sempre melhorar e fazer o melhor, adotamos novas medidas de manejo que tem dado certo e gerado bons resultados”, disse o engenheiro agrônomo, Douglas de Souza.
A produção gira em torno de 55 toneladas por ano, sendo que 70% é destinada à fábrica para a produção do suco de laranja natural e o restante comercializado na Região Metropolitana da Grande Vitória e parte do norte do Estado.
As laranjas produzidas no campo são enviadas direto para a indústria, local em que todos os procedimentos de envase são realizados. Todo processo de qualidade do suco começa na colheita, no transporte e descarga do material porque a formação da receita depende de como a matéria-prima chega para a produção final do suco. Na fábrica são produzidos cerca de 90 a 110 mil litros de suco por mês, entregues para os estados do Rio de Janeiro e da Bahia.
Quando o produto chega na fábrica, o primeiro procedimento a ser realizado é a coleta da amostra. Em seguida, é levado ao laboratório para a análise de três parâmetros para a formulação ideal do suco: o brix (a medida de açúcares primários), a acidez e o pH. “Se eu tiver duas variedades de laranjas na fábrica, eu vou analisar as duas para compor o produto final”, explicou Tiago Magnano, coordenador de qualidade da indústria.
Após a seleção e higienização das frutas são encaminhadas para os extratores. Todos os procedimentos são controlados e monitorados.
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