O agronegócio emprega mais de 19 milhões de pessoas no Brasil, é o que indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O número de pessoas atuando no setor tem crescido, pois o segundo trimestre de 2022 registrou um aumento de 4,6% (839 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano passado.
Atento a essa situação, em 29 anos de atuação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) já qualificou mais de 1 milhão de produtores rurais com treinamentos de Formação Profissional Rural, Promoção Social e de projetos como o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
Um dos programas do Senar, é o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) que, além de atender o produtor rural de forma gratuita por um período de dois anos e quatro meses, proporciona a adequação ambiental da propriedade e a regularização dos aspectos legais exigidos ao estabelecimento rural.
De acordo com a superintendente do Senar, Letícia Toniato Simões, de 2015 até agora mais de 3.000 produtores rurais já foram atendidos das cadeias de cafeicultura, pipericultura, cacauicultura, bovinocultura, fruticultura, agroindústria, orgânicos, entre outros.
“É gratificante saber que ao longo desses 29 anos qualificamos mais de 1 milhão de pessoas no Estado, levando qualificação profissional para o meio rural em prol das famílias do campo. Isso é uma motivação para continuar levando inovação e tecnologia ao produtor rural, bem como fazer com que as famílias tenham mais qualidade de vida”, destacou Letícia Toniato.
A expectativa é que no final deste ano, mais 2.000 produtores rurais sejam assistidos pelo programa em 62 municípios do Espírito Santo. O Senar oferece capacitações em várias áreas, desde apicultura básica até a aplicação de defensivos agrícolas com pulverização mecanizada.
Otanibio Lobato de Aguiar é um dos produtores que recebe assistência técnica do Senar. Utilizar a base de cursos profissionalizantes o ajudaram a alcançar maior produtividade e melhorar a qualidade do leite produzido na sua propriedade em Guaçuí.
Com o apoio, implementou técnicas de melhoramento da genética dos animais e se dedicou a aprender com mais afinco sobre irrigação, atualização sobre qualidade do leite, operação e manutenção de motosserra, manejo de pastagem, entre outros cursos.
Há cinco anos, Lidiane Freitas da Silva, também conseguiu aprimorar as vendas de salgados e doces e até mesmo participar de feiras artesanais no município fazendo uso dos conhecimentos que os cursos proporcionam.
O modelo de atendimento do programa consiste em uma visita técnica mensal de 4 horas em cada propriedade. A metodologia desenvolvida está fundamentada em cinco etapas: diagnóstico individualizado; planejamento estratégico; adequação tecnológica; capacitação profissional; e avaliação de resultados.
Vanderson de Ataíde, técnico que atende a família, explica que o programa funciona muito bem quando o produtor rural coloca em prática as orientações recebidas. Desta forma, ele garante aumento da receita, de lucro, acompanhamento dos resultados do mês e descobre quais processos podem ser melhorados.
“Na propriedade da família do Otanibio, por exemplo, implementamos uma técnica de armazenamento de volumoso que possibilitou enfrentar o período de estiagem com mais tranquilidade. O produtor também passou a fabricar silagem de milho, que é um alimento de melhor qualidade para os animais, e teve um melhor aproveitamento no uso de equipamentos. Um trator que era usado na cafeicultura também é usado na pecuária do leite”, ressaltou.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
