Com a utilização da agricultura 4.0 é possível otimizar a produção e a gestão agrícola nas mais diversas etapas, da plantação à colheita. Agilidade, autonomia e integração dos processos nas plantações tem sido alguns dos benefícios do uso de tecnologias na gestão das propriedades rurais. Com a utilização de drones de pulverização e mapeamento, por exemplo, os agricultores capixabas conseguem aumentar a eficiência e a produtividade nos processos do dia a dia do campo com a utilização de tecnologia de ponta.
O mercado de drones tem avançado no mesmo passo do surgimento de novas tecnologias que permitem que os serviços cotidianos do campo sejam executados de forma muito mais rápida. O uso na agricultura possibilita que os produtores tenham acesso com mais precisão o rendimento de safras, aperfeiçoamento da eficiência, produtividade e lucratividade das lavouras.
Existem drones de pulverização que podem carregar mais de 20 litros de produtos químicos de uma vez. No entanto, o empresário Geferson Pianissola estima que até o final deste ano existe a previsão da chegada de drones de até 40 litros no Brasil.
Além disso, os equipamentos conseguem pulverizar todos os tipos de culturas cultivadas no Brasil. Nas plantações de café, por exemplo, é possível atingir a copa e a parte inferior da planta devido a maior precisão frente aos demais sistemas já utilizados. Sendo essa é uma das principais vantagens do uso dos drones comparados a outros métodos de aplicação (manual, tratorizada ou aérea).
“O drone também tem trazido benefícios para o produtor em relação a economia de produtos químicos. Hoje está mais caro para o produtor ter acesso aos insumos, e o drone tem trazido economia pela quantidade de produto utilizada por hectare”, afirmou Pianissola.
Um dos agricultores que têm se adaptado muito bem com a utilização dos drones em sua propriedade de 19 hectares é o Diney Cesar Camata. Ele cultiva café e já presenciou grandes resultados com a precisão e a rapidez do processo de pulverização dos produtos nas plantas.
Em sua fazenda, as perdas com a produção diminuíram com o uso dos drones, o que fez subir a rentabilidade em cerca de 15%.
“Já utilizei trator agrícola e também o avião quando não era possível passar com o trator no meio da plantação. De fato, o drone ajuda o processo a ser mais rápido e atende às partes mais internas da planta”, disse Diney.
Os números de agricultores que apostam na tecnologia vêm crescendo e Diney Cesar faz parte dessa lista. De acordo com o estudo da empresa norte-americana DroneDeply, cerca de 54% dos produtores rurais pretendem aumentar os investimentos com drones nos próximos dois anos.
A pesquisa escutou agricultores em mais de 40 países, sendo que a maioria dos entrevistados tem como principal objetivo, ao usar os drones, o aumento da produtividade e eficiência na rotina do campo.
A regulamentação dos drones foi anunciada, em 2017, pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No ano passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Estabelecimento (Mapa) publicou uma série de regras para a regulamentação de drones agrícolas de pulverização.
Os profissionais responsáveis pela operação do drone precisam ser certificados pelo Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR), bem como o drone precisa estar registrado junto à Anac.
Além disso, não é permitida a aplicação aérea de agrotóxicos, fertilizantes, corretivos, inoculantes e sementes em áreas a uma distância mínima de 20 metros de cidades, agrupamentos de animais ou mananciais de captação de água.
É um trabalho minucioso que, até abril deste ano, tinha cerca de 75 mil pessoas físicas e jurídicas cadastradas na Anac para pilotar essa tecnologia que tem revolucionado o trabalho nas lavouras brasileiras.
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