Out 2022
12
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

O preço do leite registrou queda de 13,71%

Os alimentos vinham apresentando crescimento nos preços desde o começo do ano, com altas em março (2,42%) e abril (2,06%). Essa queda registrada em setembro é a primeira desde novembro de 2021.

Entre os itens que mais caíram de preço estão o morango, o pepino, a melancia e o leite. Já os que mais subiram, se destacam o limão, a cebola e a tangerina.

Para o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov, a queda dos preços dos alimentos e bebidas foi puxada, principalmente, por conta do preço do leite longa vida, que caiu 13,71%, contribuindo com a queda de 0,15 ponto percentual no resultado do mês.

Apesar da queda, o produto ainda tem alta de 36,93% no acumulado dos últimos 12 meses. Além do leite, destaca-se também a redução nos preços do óleo de soja (-6,27%).

Kislanov explicou que o leite vinha subindo muito nos últimos 12 meses, especialmente em 2022, por conta do período de entressafra, a partir de março e abril, mas também devido aos conflitos entre a Rússia e Ucrânia, que aumentaram o preço dos insumos agrícolas.

“Agora, com o final do período de entressafra e a volta das chuvas, aumentou a oferta do produto no mercado, o que gerou uma queda nos preços”, explicou o gerente da pesquisa.

Entre as altas, a maior contribuição veio da cebola (11,22%), cujos preços já subiram em agosto (5,12%). A alimentação fora do domicílio (0,47%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,89%). No resultado acumulado em 12 meses, a alta de preços de alimentos e bebidas é de 11,71%, número bem acima da  variação de 7,17% do IPCA no geral.

IPCA registra queda de 0,29% em setembro

No geral, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro teve queda de 0,29%, sendo o terceiro mês seguido em que o indicador apresentou deflação. Essa é a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica.

Além da queda de 0,51% de alimentos e bebidas, outros grupos apresentaram números significativos. O setor de Transportes (-1,98%) contribuiu novamente com o impacto mais intenso, na sequência, Comunicação (-2,08%) e o grupo Artigos de residência, que havia tido alta de 0,42% em agosto, passou para queda de 0,13% em setembro.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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