Out 2022
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Avanços na eficiência do campo com técnicas de irrigação

Em uma área de 3,6 mil hectares, o Espírito Santo foi responsável pela produção de quase 100 mil toneladas do tubérculo em 2021, de acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).

Em termos de produção, o inhame está em destaque no Espírito Santo junto com o chuchu, o tomate e o gengibre. Essas são as principais culturas da olericultura (conhecidas como hortaliças e que podem ser constituídas das seguintes partes das plantas: folhas, inflorescências, raízes, caules e frutos).

O Espírito Santo é destaque nacional na produção do inhame. Vale destacar que o município de Alfredo Chaves, no sul do estado, é considerado a capital do inhame no Brasil e mantém uma longa tradição no cultivo do tubérculo.

Roger Lauvers conta que desde criança trabalha no campo seguindo as orientações e conselhos dos pais. Após se dedicar na cultura do tomate, o produtor passou a ver no plantio do inhame uma alternativa de renda.

O casal de agricultores familiares tem uma propriedade de cinco hectares em Laranja da Terra e colhe, aproximadamente, entre 40 a 50 toneladas por ano. Eles optaram por um tipo de irrigação diferente do que as propriedades vizinhas estão tradicionalmente acostumadas, pois passaram a irrigar via gotejadores.

“É mais comum utilizar para irrigação o microaspersor ou a bailarina como é conhecido aqui na região. Decidimos ir na contramão e usar o sistema por gotejador, que é uma irrigação mais localizada com o intuito de ter menos ataque de ervas daninhas, já que não abrange uma área tão grande quanto aos outros sistemas de irrigação. Isso também requer menos uso de herbicida”, explicou Roger.

Anderson Pilon, extensionista do Incaper, destaca que para produzir um inhame de qualidade é preciso ficar atento na etapa de irrigação. Outro ponto que deve ser observado pelo produtor é o trato inicial da cultura. “Se o inhame responde bem ao arranque inicial, automaticamente ele vai ter uma tendência em ter uma produção melhor no final do ciclo”, ressaltou Pilon.

Além disso, o inhame deve ser colhido quando amadurecido, o que acontece aproximadamente em 180 dias após o plantio, mas também é possível saber que está no ponto quando as flores secam e pelo amarelecimento das folhas.

Agricultores investem em boas práticas na seleção de mudas

Na propriedade, as etapas de cultivo são acompanhadas de perto pelo casal. Rosiane Lauvers é responsável por selecionar as plantas que vão servir de mudas para a próxima safra.

As boas práticas de colheita e pós-colheita ajudam no aumento de produtividade, mas também na melhoria de longevidade nas gôndolas dos mercados. O manejo realizado de forma correta traz maior segurança para os consumidores.

“Fazemos de tudo para que o inhame chegue enxutinho e bem saboroso na mesa do consumidor, seja ele do Rio de Janeiro, do Espírito Santo ou de Minas Gerais”, disse a produtora.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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