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O total de mulheres trabalhando em empresas do agronegócio cresceu 13,3% no último ano, aponta a pesquisa “Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações”, da Deloitte. Elas representam 16,2% do número de empregados do setor de importância estratégica para o país, que responde por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). Hyasmim Martins, Aline Alves Rodrigues, Ana Paula Honório e Fernanda Valim têm algo em comum: o amor pelo trabalho que desempenham no agronegócio. Elas ocupam cargos distintos na indústria de fertilizantes Natufert, localizada em Ibatiba, no Espírito Santo.
Elas atuam nos laboratórios, nas plantações, na agroindústria e nos escritórios. Em todos esses locais de trabalho as mulheres contribuem ativamente para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. As empresas ligadas ao agronegócio têm papel fundamental no reconhecimento do protagonismo femino. A Natufert é uma das empresas atentas ao cenário de crescimento das mulheres no mercado de trabalho agrícola.
Fernanda Valim é uma das mulheres que compõem o quadro de colaboradoras da Natufert. Formada em técnico de Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Ibatiba, foi uma das responsáveis pelo laboratório e pelas análises físicas dos fertilizantes e das matérias primas que chegam na fábrica, como a ureia, o carbonato e o cloreto de potássio. Agora, está em um novo desafio: setor de qualidade dos processos.
Orgulhosa pelo emprego e por ter sido influenciada positivamente pelos amigos que também trabalham em cargos ligados ao agronegócio, Fernanda tem interesse em continuar seguindo os passos da família, que tem plantio de café na cidade.
O diretor técnico da Natufert, Maurício Cota, ressalta a importância das mulheres na empresa. “Temos colaboradoras em vários setores. As mulheres são muito competentes, dedicadas e sempre participam em nossos processos seletivos. Acreditamos que teremos cada dia mais participação feminina em nossa indústria e no agro também”.
Quem também faz parte da equipe é a engenheira agrônoma, Aline Alves Rodrigues. Formada no Ifes de Santa Teresa e mestre em Fisiologia Vegetal na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) de Alegre, começou como assistente técnica na área comercial.
Depois de acumular experiências, passou para representante comercial e tem como função contribuir na parte comercial dos fertilizantes na região do Norte do Estado e no Sul da Bahia. Com forte influência dos pais, que são produtores rurais, Aline cresceu na zona rural e desde sempre teve contato com as particularidades e dificuldades da agricultura.
“Decidi fazer agronomia para aprender sobre a ciência de se cultivar e as tecnologias para depois propagá-las aos produtores. Almejo que meu plano de carreira dê certo e que consiga chegar em cargos mais altos. Entretanto, o tempo, minha capacidade e a paixão por aquilo que faço vão ser determinantes para que o sonho vire realidade”, afirmou Aline.
O agronegócio brasileiro é um das atividades que movimentam a economia na produção de produtos agrícolas e no seu comércio, mas também na geração de postos de trabalho. Muitas empresas têm optado por recrutar novos talentos para formá-los desde o primeiro emprego.
Hyasmim Martins faz parte dessa realidade porque começou a vida profissional como estagiária de engenharia química no setor de controle de qualidade da Natufert. Desde 2017, atua no setor e não deixou de se aprimorar para conhecer melhor sobre o mercado de fertilizantes.
A engenheira química entrou quando a empresa estava em processo de crescimento, focada em manter o nível de qualidade sem que a essência dos produtos fosse perdida.
Aceitou o desafio de desenvolver o setor e, agora, é coordenadora e responsável técnica. “Com a equipe aumentada, estruturamos um laboratório para análises físicas, temos um sistema de controle para todas as etapas do processo produtivo e um Sistema de Gestão de Qualidade muito bem estruturado”, conta Hyasmim com orgulho.
Ana Paula Honório é engenheira florestal pela Ufes de Alegre. Depois de formada, retornou para Ibatiba, e conquistou o primeiro emprego de auxiliar administrativo. Também ocupou cargos no setor de qualidade, no laboratório e agora como supervisora de produção e responsável pelo treinamento das equipes.
“Resolvi tentar a faculdade porque gostei do ensino médio técnico em meio ambiente que cursei. De início não tinha pensado em trabalhar na área de qualidade e produção, mas fui conhecendo e me aprofundando e decidi cursar uma pós-graduação em engenharia de qualidade também”, destacou Ana.
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