Pimenta-do-reino do Espírito Santo ganha selo de reconhecimento de Indicação Geográfica
A época da florada das oliveiras no Espírito Santo começou. Produtores rurais estão na expectativa de que, em breve, as flores se transformem em azeitonas. No entanto, representantes da Associação dos Olivicultores do Espírito Santo (Olives) estão preocupados com a extração do azeite que deve ocorrer entre os meses de janeiro e março do próximo ano. Por enquanto, ainda não tem equipamento suficiente para atender a demanda de produção.
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O principal produto derivado das oliveiras é o azeite. Os agricultores de Santa Teresa produzem um azeite genuíno, com características, sabores e aromas diferenciados, principalmente, pela baixa acidez. A primeira experiência já mostrou que a região tem potencial, com acidez de 0,14.
Entre os desafios da fabricação do azeite está a falta de investimento. Representantes da associação estão preocupados com o processamento do azeite produzido na região. Ainda mais porque quanto mais rápido o azeite é processado após a colheita, mais qualidade ele tem.
O presidente da Olives, Ricardo Serro, destaca que a floração está bem mais intensa e maior do que a registrada no ano passado.
“Além disso, como a qualidade do azeite depende muito dessa rapidez no pós-colheita, ter uma máquina de extração na agroindústria seria de fundamental importância”, afirmou.
O plantio de azeitonas está em expansão no Espírito Santo. O Estado ocupa, aproximadamente, 300 hectares de área plantada e são mais de 130 produtores em 17 municípios.
Apesar da olivicultura ser promissora, o produtor precisa ter paciência porque a primeira colheita é feita a partir do quarto ano de implantação da lavoura. Quem optar por investir nas oliveiras deve ficar atento, pois o plantio só pode ser feito em áreas com altitude superior a 800 metros.
A extensionista do Incaper Ranusa Coffler explica que a olivicultura é uma cultura nova no Brasil e os primeiros plantios foram realizados em Minas Gerais. “Por meio das pesquisas a gente tem bons resultados com esta cultura, mas ainda precisamos avançar para fornecer orientações técnicas aos produtores”, afirmou.
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