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Em tempos de conta de luz mais cara, aumenta a procura por formas de energia limpa e mais barata. Empresas, propriedades rurais e residências têm optado por utilizar a energia renovável para reduzir a conta de energia elétrica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a redução de despesas ao contar com energia própria pode gerar uma economia de 95% na conta de luz para o consumidor. Incentivando este cenário, o Sicoob liberou, em três anos, R$ 325 milhões de crédito para mais de três mil associados viabilizarem projetos de energia renovável no Espírito Santo.
A Absolar aponta que o Brasil ultrapassou a marca histórica de 21,1 gigawatts de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Atualmente existem 1,2 milhão de sistemas solares residenciais instalados no Brasil. A tendência é que este número continue crescendo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destaca que, de janeiro ao início de outubro deste ano, a energia solar cresceu 44,4%, saltando de 13,8 GW para os 20 GW.
A tendência de crescimento da oferta de energia fotovoltaica tem chamado a atenção. A linha de crédito Ecoar do Sicoob Espírito Santo, instituída em 2018, foi criada para ampliar projetos de geração de energia limpa, aquela produzida a partir de recursos naturais.
O gerente de Crédito e Agronegócio do Sicoob, Eduardo Ton, explica que todos os cooperados podem ter acesso ao financiamento, inclusive para pessoas físicas e empresas de qualquer segmento. “Qualquer projeto de sustentabilidade ligado ao meio ambiente pode ser financiado, tais como reaproveitamento de água, tratamento de esgoto, entre outros”, disse.
Outro fator que também deve alavancar os números do setor ainda este ano é o marco legal da geração própria de energia, conhecida como geração distribuída. A nova legislação tem sido um dos principais incentivos para as pessoas ao adquirir placas solares, por exemplo.
O empresário Luciano Bianchi Campo Dallorto optou por instalar placas solares em sua empresa de sorvetes e picolés, localizada no município de Marataízes. Com a implantação, conseguiu reduzir a conta de energia pela metade.
“Está dando certo, já tive uma economia de 2.500 reais mensais. Além disso, todo processo de contratação foi realizado sem burocracia e com uma velocidade surpreendente”, conta.
A legislação estabelece regras para consumidores produzirem a própria energia a partir de fontes renováveis, dentre elas a solar.
Quem já gera energia solar ou passar a gerar até o início de janeiro poderá continuar a usar gratuitamente a rede elétrica, ficando isento de encargos até 2045. Os consumidores que investirem após essa data deverão pagar uma taxa para gerar a própria energia.
“Com a mudança, os projetos de energia renovável realizados ainda neste ano terão redução da tributação na energia. Isso não quer dizer que depois ficará viável investir em energia limpa, continuará valendo a pena, mas a vantagem será menor”, afirmou Eduardo Ton.
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