Nov 2022
27
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Tradições italianas em terras capixabas

No Circuito Caravaggio em Santa Teresa é possível acompanhar as belezas da Rota do Espumante. No local, empreendimentos se dedicam exclusivamente à produção de espumantes artesanais e utilizam as uvas produzidas nas propriedades da região.

A Casa dos Espumantes foi o primeiro local que começou a produzir espumante capixaba. A proprietária Raiani Sperandio ressalta que a bebida começou a ser produzida a partir de um erro de fermentação do vinho branco, no ano de 2004.

Como as exigências dos consumidores mudaram com o passar dos anos, outros sabores de espumantes foram incluídos na linha de produção. Foi assim que surgiu o primeiro espumante de jabuticaba.

“O gosto das pessoas foi mudando muito então decidimos migrar a produção que era baseada em espumantes mais adocicados para uma linha de espumantes finos. Estamos migrando a empresa para o caminho de experiência. As pessoas buscam por produtos regionais e que tenham qualidade”, disse Raiani.

A região das montanhas capixabas recebe turistas de várias regiões do Brasil e do mundo dispostos a experimentar esta bebida fermentada. As garrafas de espumantes artesanais são comercializadas a valores que variam de R$ 35 a R$70.

Modelo de agricultura familiar predomina

Raiani e a família fazem parte do grupo de mais de 200 mil agricultores familiares do Espírito Santo. A agricultura familiar está presente em 75% das propriedades rurais e desempenha um papel importante no estado.

A meta dos proprietários da casa dos espumantes é produzir 50 mil garrafas este ano com o modelo da agricultura familiar.

“A linha de trabalho de espumantes artesanais é proposital por conta dos nossos valores, nós acreditamos que a agricultura familiar alimenta o Brasil. A nossa ideia é manter a agricultura de baixo impacto e conviver em harmonia com a natureza para que outras pessoas possam usufruir daquilo que a gente usufrui na nossa propriedade”, afirmou Raiani.

Todo processo é feito de forma artesanal. As garrafas e rolhas são compradas do Sul, mas a matéria-prima vem toda dos parreirais da família. O modelo de fabricação é demorado e, por isso, garante uma boa qualidade da bebida.

O produtor Pablo Sperandio explica que é preciso ter um cuidado especial com as uvas. “Não pode nitrogenar muito, tem que produzir menos e adensar mais o plantio para ter uma qualidade superior no produto final. Esse é o nosso desafio e é o que priorizamos desde o começo”.

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