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Por conta do cenário de fortes chuvas que o Espírito Santo vem enfrentando nas últimas semanas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) instalou um comitê emergencial de apoio técnico e operacional. O comitê foi criado para atender os municípios nas demandas em relação ao agravamento dos riscos causados pelo alto volume de chuvas que atingem o estado neste mês de dezembro.
Como noticiamos na coluna durante a semana passada, alguns municípios do Espírito Santo estão passando por um momento delicado devido às fortes chuvas. Foram registradas interdições nas estradas, diversos pontos de alagamentos, queda de barreiras, deslizamentos de terras, pontes bloqueadas e interditadas.
Para amenizar esta situação, o Crea-ES criou o comitê emergencial de apoio com os especialistas e corpo técnico no auxílio às prefeituras e ao estado nas tomadas de decisões emergenciais.
Este grupo será responsável por vistorias técnicas e fiscais nos locais de risco; pela verificação de registros fiscais, como projetos e anotações de responsabilidade técnica (ARTs); análise da participação de profissionais ou empresas legalmente habilitados na execução de obras e serviços; e pelo desempenho das atividades dentro das normas e da legislação vigente.
As atividades serão acompanhadas por profissionais de uma cadeia multidisciplinar de engenheiros, geocientistas, engenheiros agrônomos, fiscais, inspetores, conselheiros e assessores técnicos.
O comitê vai ser dividido em sete grupos de trabalho, correspondente às inspetorias, que devem atuar nos municípios de São Mateus, Colatina, Linhares, Aracruz, Vitória, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim (e na região do Caparaó).
Agro Business: Qual o objetivo do Comitê?
Jorge Silva: Esse comitê foi criado para dar apoio técnico e operacional às prefeituras, ao governo estadual e à iniciativa privada no sentido de orientar, educar e fazer ações preventivas em razão das consequências das chuvas.
Serão realizadas vistorias fiscais e técnicas em barragens com riscos geológicos, bem como em edificações públicas e privadas sujeitas a desmoronamento.
A realidade é que estamos passando por um período adverso em que precisamos contribuir com o corpo técnico de especialistas do Crea-ES para cobrir todas as áreas e municípios do Espírito Santo.
AB: De que forma os profissionais do Crea-ES vão atuar?
JS: Os profissionais vão atuar, principalmente, na recuperação de estradas, retirada de pessoas localizadas em áreas com possibilidades de alagamentos e rompimento de barragens.
Vamos atuar junto com o Corpo de Bombeiros, com a Defesa Civil, com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) e com a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh).
AB: Qual é o atual cenário do Espírito Santo em relação às chuvas?
JS: A realidade é que o Espírito Santo tem enfrentado um pequeno período de excesso de chuvas, que está causando sérios transtornos, principalmente, nas rodovias federais, estaduais e nas estradas municipais.
A tendência é que a chuva continue nos próximos 10 dias, com um intervalo entre os dias. Essa previsão é com base nos levantamentos meteorológicos. É bem provável que o ano comece com grandes chuvas e o registro de alagamentos, obstrução de estradas e desalojamento de pessoas.
O norte do estado está em estado de emergência. No local, existe a necessidade de aplicar técnicas práticas e objetivas para evitar deslizamentos de terras e rompimentos de barragens. Por isso, o monitoramento para acompanhar o atual estado das barragens é feito diariamente.
Ao todo, seis pequenas barragens dos municípios de São Mateus, Nova Venécia e Jaguaré se romperam nos últimos dias. Uma delas, inclusive, causou problemas sérios na BR-101. Em Aracruz, as estradas estão sendo recuperadas pela prefeitura municipal com acompanhamento de profissionais do Crea-ES.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória