Jan 2023
3
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Jan 2023
3
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

No ES: preço pago ao produtor foi R$ 2,74 em dezembro

Fazem parte da Média Brasil os estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com a média de R$ 2,52, a variação mensal do preço líquido médio foi de -6,2%. Dentre eles, São Paulo apresentou queda de 10,74%, fazendo com que o preço chegasse a R$ 2,64.

Entre os estados que não estão incluídos na Média Brasil, o Espírito Santo registrou a variação mensal de -0,64% em relação ao mês anterior, quando foi pago R$ 2,76. O preço líquido pago ao produtor em dezembro foi R$ 2,74.

Enquanto o ES apresentou uma pequena variação, o Rio de Janeiro apresentou uma queda de 20,57%. Em novembro foi pago R$ 3,23, já em dezembro cerca de R$ 2,57.

As pesquisas apontam que os preços do leite no campo estiveram maiores em 2022, apesar de fecharem o ano em queda. A explicação é a seguinte: “isso porque houve redução na oferta, explicada pela combinação de um contexto persistente de alta nos custos de produção e de clima desfavorável, por conta do fenômeno La Niña, sobretudo no primeiro semestre”, explicou a nota técnica.

Como informado, a saída de muitos produtores da atividade e a diminuição nos investimentos de médio a longo prazo no campo culminaram em perda no potencial de oferta. Além disso, com a matéria-prima limitada, a disputa entre laticínios se manteve acirrada em 2022, sustentando as cotações ao produtor em patamares elevados.

Isso pode ser constatado principalmente entre maio e julho – período de entressafra, quando houve queda brusca tanto na captação do leite quanto nos estoques de lácteos. O primeiro semestre ficou marcado pela restrição da oferta e pela subida consistente dos preços ao longo de toda a cadeia.

Confira tabela:

Cepea estima que a forte valorização do leite cru proporcionou ao pecuarista melhor poder de compra frente aos insumos, estimulando a recuperação da produção.

“A relação de troca com o milho é um bom exemplo: na média de janeiro a novembro, foram necessários 34,2 litros de leite para a aquisição de uma saca de milho de 60 kg, contra 42,6 litros no mesmo período do ano anterior, ou seja, recuperação de 19,7% no poder de compra. Soma-se a isso o fato de que a oferta é sazonalmente favorecida pelas chuvas da primavera, sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste, pois elas elevam a disponibilidade de pastagens e reduzem os gastos com alimentação animal”, explicou.

É preciso ressaltar que a oferta de lácteos também cresceu por conta do aumento das importações: de janeiro a novembro de 2022, o Brasil importou 1,179 bilhão de litros em equivalente leite, alta de 21,4% frente ao mesmo período do ano anterior.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas