O que o agronegócio pode esperar do novo ministro Carlos Fávaro?
A Cooabriel encerrou 2022 com um volume de exportação superior a 118 mil sacas de café conilon. Isso equivale a cerca de 10% do volume de café conilon exportado pelo Espírito Santo no período. Os números tornam-se ainda mais expressivos se for levado em consideração que na lista de exportadores figuram empresas multinacionais já muito tradicionais neste mercado. O projeto de abertura e conquista dos mercados internacionais foi iniciado em 2020 e os primeiros volumes exportados tiveram como destino os Estados Unidos, no segundo semestre daquele ano. A partir disso, as negociações internacionais se consolidaram e permanecem em expansão. Confira.
Em 2021 foi registrado um crescimento próximo a 30%, se comparado ao ano anterior. Já em 2022, a Cooabriel fechou o ano tendo mais que dobrado essa quantidade, além de registrar a abertura de novos mercados.
Os contêineres partiram com direção a países da América, para mercados já consolidados como o da Colômbia, mas tendo também a Europa como destino, em negociações diretas, até então inéditas.
Tal resultado foi possível graças a um trabalho consistente de manutenção e retomada de mercados compradores, bem como acesso a novas fronteiras para a comercialização do café de seus cooperados.
O superintendente da Cooabriel, Carlos Augusto Pandolfi, afirma que a expansão da exportação fazia parte do plano de atividades para 2022 da cooperativa. “Em especial a abertura de novos mercados e a comercialização de cafés especiais. Todo o trabalho de entrada no mercado internacional feito até agora foi determinante para entendermos mais sobre esse mercado e como ele funciona. Agora, um dos nossos propósitos é trabalhar para ampliar os volumes exportados”, explicou.
Esses novos mercados são exigentes em termos da qualidade. O café buscado é o considerado especial, com alcance superior a 80 pontos nas provas de classificação, que exige cuidados específicos nos processos de colheita e pós-colheita. Além dessas características, alguns mercados são altamente exigentes também com questões relacionadas à sustentabilidade e à rastreabilidade da cadeia produtiva.
Uma das premissas da cooperativa é trabalhar na conscientização de seus cooperados a respeito dessas exigências, a fim de que sejam adotadas boas práticas na produção. Por meio de capacitação, orientação técnica e da participação em programas que visam qualidade e sustentabilidade, os produtores têm oportunidade de se tornarem mais conscientes e assertivos nos processos produtivos.
Pandolfi ressalta que para consolidar a presença no mercado externo, é preciso reforçar essas ações. “Para continuarmos avançando, é importante avaliar em alguns aspectos, especialmente sustentabilidade e rastreabilidade. Há ainda alguns gargalos relacionados a esses fatores que precisam ser sanados. Temos hoje um grupo de cooperados que faz parte da Certificação 4C, mas ainda não é o suficiente para atender às demandas do mercado”.
“Isso abre uma oportunidade para que um número cada vez maior de produtores esteja inserido em programas e ponham em prática os princípios da sustentabilidade em seus processos produtivos. Cabe ressaltar que o grande foco neste momento não é e não será o aumento de preço, mas ter a ampliação da cartela de clientes e, por consequência, maior garantia de mercado para o café dos nossos cooperados”, concluiu Pandolfi.
Para 2023, há a expectativa de que o avanço nas exportações continue sendo uma realidade. Os objetivos giram em torno de manter os mercados atuais, além da busca por novas possibilidades.
Sobre isso, a gerente de Exportação e Sustentabilidade da Cooabriel, Renata Vaz, comenta: “Para o próximo ano planejamos continuar nossas ações de expansão, participando de eventos e outras agendas. Consideramos importante conhecer de perto os mercados e seus consumidores, para termos mais entendimento de como ele se comporta e para sermos mais assertivos ao apresentar nosso café conilon”, finalizou Renata.
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