Jan 2023
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Família Giori é adepta da agricultura biodinâmica

Além de mostrar o potencial do robusta coffea canephora, a intenção da diretora-executiva Conceição Giori é conhecer os sistemas de torrefação, as políticas de manejo, trocar experiências com produtores de outros países e mostrar para os participantes da feira a importância da compra de produtos orgânicos e com o meio ambiente.

“Queremos mostrar o quanto pode ser saudável e saboroso consumir produtos naturais, bem como mostrar aos consumidores e os conscientizarem para comprar produtores orgânicos, ter uma preocupação maior com o meio ambiente, em busca de planeta saudável”, explicou.

O plano de ação é abrir a propriedade localizada em Cachoeiro de Itapemirim para receber visitantes de outros países por conta própria no segundo semestre deste ano. Até o momento, a fazenda recebeu a visita de pessoas de alguns países por meio de representantes.

“A nossa ideia é trazer os torrefadores por conta própria, abrir para que eles tenham a experiência de conhecer o cultivo e a colheita do café biodinâmico e entender as nossas práticas”, disse.

A Bio Brazil Fair, que vai acontecer nos dias 14 a 17 de junho, em São Paulo, é uma outra feira que está no radar da família Giori. Além de um estande próprio da fazenda capixaba, o evento terá mais de 770 expositores e 35 mil visitantes de 24 países diferentes.

Agricultura biodinâmica integrada com a criação de ovinos

A propriedade pertence à família Giori desde 1997, descendentes de italianos que chegaram ao Brasil em 1895, época em que o contato com o cultivo do café se deu pela primeira vez. Desde então as gerações se dedicaram ao plantio, cultivo e beneficiamento do café.

Conceição Giori ao lado de seu esposo Fabrício Campos e seus irmãos Sebastião, Domingos Roque, Carmen, Marta e Mônica são adeptos da agricultura biodinâmica, um método criado em 1924 por Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia.

Os cafés são produzidos sob regras da agricultura biodinâmica e cultivados artesanalmente. Eles são vendidos no Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e, em breve, para Brasília. Giori quer levar os cafés biodinâmicos para a maior parte possível do Brasil. Por enquanto, os estados são atendidos por e-commerce, além de ter pontos de vendas em estabelecimentos comprometidos com a política sustentável.

As exportações dos cafés não aconteceram ainda porque a empresa optou por adotar um processo altamente detalhista e rigoroso ao fechar parcerias, assumindo a preocupação com a política de rastreabilidade e confiabilidade entre ambas as partes. Compradores da Arábia Saudita, Egito, China, Suíça, Alemanha e Estônia já demonstraram interesse.

A família opta por consumir os produtos produzidos na propriedade. Além de não comprar insumos em grande quantidade, eles otimizam os recursos para levar para dentro da porteira somente produtos necessários.

Eles têm a própria horta orgânica, criação de galinhas e de bovinos. Aliado a isso, são cerca de 500 ovinos das raças Santa Inês e Dorper criados com um manejo altamente sustentável e harmonizados com outras culturas. O pastejo na área cafeeira, em pasto aberto, garante aos ovinos um estado natural de bem-estar.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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