Desde a fundação há 11 anos, a pesquisa e a inovação sempre fizeram parte da estrutura da Natufert. Localizada em Ibatiba, ela é a maior empresa de fertilizantes de alto desempenho com base orgânica do Espírito Santo. Neste ano, a Natufert criou um Comitê de Inovação com quatro linhas de pesquisa e desenvolvimento: pesquisa científica, projetos técnicos de campo, processos industriais e de inovação. Serão investidos mais de R$ 500 mil em 2023 nesta iniciativa.
O Comitê de Inovação é coordenado pelo diretor-técnico da Natufert, Maurício Cota. Ao todo, são mais de 100 projetos de pesquisa em várias fases de execução e planejamento em busca de melhoria contínua da empresa e de produtos mais eficientes e sustentáveis. Uma das pesquisas em andamento, por exemplo, é para a identificação do aumento de nódulos em leguminosas plantadas com o uso de fertilizantes da empresa.
Em um outro projeto, a empresa atua junto com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) no teste de cultivares de café arábica distribuídos em toda região de produção do estado. A intenção é identificar o potencial de produtividade e do comportamento em função das condições físicas, além da qualidade da bebida.
As pesquisas foram separadas em quatro linhas diferentes. A linha de pesquisa científica é focada no desenvolvimento e melhoria dos produtos. Na pesquisa de campo, são avaliadas novas aplicações, comparativos e resultados de produtos já existentes, enquanto a linha industrial é para otimização de processos, aumento de produtividade e competitividade dos produtos. Já a de inovação busca trazer novas tecnologias para a melhoria dos fertilizantes de base orgânica.
Maurício Cota explica que na área de pesquisa e desenvolvimento para a indústria, por exemplo, estão sendo estudados a aplicação de aditivos e tecnologias no processo de granulação de orgânicos.
“A granulação de orgânicos é uma tecnologia muito diferenciada, pois é possível viabilizar o uso de materiais orgânicos para aplicação mecanizada nas grandes culturas, como milho e soja. A Natufert já faz esse processo de granulação de orgânicos, mas estamos buscando melhorias contínuas para obter um orgânico de maior valor agronômico”, explicou.
Além disso, Maurício destaca que a parte de pesquisa e desenvolvimento sempre existiu na Natufert, mas com a consolidação da marca no mercado, foi possível dar mais um passo em direção à inovação.
“Com o aumento da capacidade produtiva, reestruturação da unidade e da capacidade de estocagem e armazenagem, agora podemos investir também na pesquisa e no desenvolvimento”.
As quatro linhas de pesquisas contam com a participação de profissionais altamente qualificados, dentre eles, engenheiros agrônomo, ambiental e de produção. Além disso, funcionários de diversos setores da Natufert também participam do Comitê de Inovação.
O coordenador-técnico Otávio Araújo é responsável por dar suporte na equipe de campo. Ele explica que a equipe de campo oferece suporte no acompanhamento de resultados, desenvolvimento de adubações e coleta de dados nas regiões produtoras de várias culturas agrícolas.
Os trabalhos são voltados para avaliação de comportamento das adubações, ajuste de dose e das curvas de respostas em função das doses aplicadas.
Otávio explica os benefícios da criação do comitê. “Por ter um comitê que está testando insumos novos e fazendo ajustes nas tecnologias, teremos uma inovação muito interessante para a empresa e, inclusive, segurança comercial. Nós avaliamos vários insumos existentes no mercado para utilizar. No entanto, na hora de produzir um fertilizante não é só fazer uma mistura, nós temos que oferecer um produto que promova um resultado positivo nas lavouras”, ressaltou.
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