Jan 2023
18
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Da fruta ao vinho

Em dezembro, os parreirais estavam abertos à visitação de turistas e visitantes interessados na compra das frutas. Na época, a variedade “Niágara Rosada” não produziu muito na propriedade de Giovani, mas a “Izabel Precoce” apresentou melhor desempenho.

Diante da preocupação com a perda da produção, estava nos planos do produtor vender as uvas para empreendimentos especializados na fabricação do suco e de vinho. No entanto, ele resolveu se adaptar à nova realidade e optou por produzir e comercializar o suco de uva na cidade linharense.

A próxima etapa é investir na fabricação de vinho com o restante das uvas colhidas. “Estou animado e será uma oportunidade para pegar mais experiências. Precisei transformar as nossas uvas nas bebidas porque a chuva atrapalhou a colheita que estava prestes a ficar disponível à visitação dos turistas”, afirmou.

Giovani explicou que os turistas que visitam os parreirais querem levar para casa cachos maiores e sem defeitos, e os cachos que não eram comercializados precisavam de um destino, daí surgiu a ideia de fazer o suco natural.

“Na primeira remessa vendemos 60 litros durante o período da colheita e de outros 80 litros que produzimos, ainda temos algumas unidades. Produzimos o suco de forma natural e temos vendido nos frascos de 500 ml e de 1,5 litro”, disse o produtor.

Durante as três colheitas, Giovani produziu em média 8 toneladas da fruta nas 400 plantas cultivadas, mas aumentou sua área produtiva, que hoje é formada por mil plantas. As uvas fazem parte da complementação de renda da família que tem como principal atividade a cultura cafeeira.

“Por meio do Programa de Fruticultura vimos uma possibilidade de diversificar nossa produção. A uva se tornou uma fonte de renda alternativa, além de uma nova experiência para nossa família. O cultivo tem valido a pena. Conseguimos, desde a primeira colheita, retirar toda a despesa que tivemos no primeiro parreiral, o que eu imaginava acontecer só na terceira colheita”, comentou Giovani.

Produção de vinhos no radar

Linhares é um dos maiores produtores de mamão, cana-de-açúcar, café e cacau do Espírito Santo. A Prefeitura de Linhares, por meio do Programa Municipal de Fruticultura, investe na diversificação da economia, distribuindo mudas para o aproveitamento de pequenas porções de terras nas propriedades locais.

Pedro Lucas Venturin ingressou recentemente no programa e recebeu 130 mudas de uva da variedade “Izabel Precoce”, com a intenção de começar a produzir vinhos. A comercialização está prevista para ser realizada em dezembro deste ano, já que as pesquisas sobre envase do vinho e rótulo foram iniciadas.

“No ano passado comprei a uva de outro produtor integrante do programa e de forma artesanal iniciei a produção de vinho para teste. Minha intenção é, mais para frente, montar um local na propriedade para vender o vinho”, disse Pedro.

Além da uva, que também conta com o cultivo da tangerina ponkan, os outros polos instituídos são: Polo BR 101, com o cultivo do limão tahiti e, recentemente, a introdução da laranja da variedade pêra IAC; Polo Distrito Farias, com o cajá manga anão; Polo Baixo São Rafael, com a goiaba; e o Polo Litoral, com o açaí.

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