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A colheita da terceira temporada de uvas cultivadas no Polo Alto São Rafael, do Programa de Fruticultura de Linhares, rendeu bons resultados para os produtores da região. Em dezembro de 2022, Giovani Rigoni enfrentou problemas na colheita das frutas por conta das chuvas intensas que atingiram a região. Com isso, decidiu inovar para aproveitar por completo a produção e optou por produzir o suco da fruta de forma artesanal. Já o produtor Pedro Lucas Venturin entrou recentemente no programa para cultivar a uva e produzir o próprio vinho.
Em dezembro, os parreirais estavam abertos à visitação de turistas e visitantes interessados na compra das frutas. Na época, a variedade “Niágara Rosada” não produziu muito na propriedade de Giovani, mas a “Izabel Precoce” apresentou melhor desempenho.
Diante da preocupação com a perda da produção, estava nos planos do produtor vender as uvas para empreendimentos especializados na fabricação do suco e de vinho. No entanto, ele resolveu se adaptar à nova realidade e optou por produzir e comercializar o suco de uva na cidade linharense.
A próxima etapa é investir na fabricação de vinho com o restante das uvas colhidas. “Estou animado e será uma oportunidade para pegar mais experiências. Precisei transformar as nossas uvas nas bebidas porque a chuva atrapalhou a colheita que estava prestes a ficar disponível à visitação dos turistas”, afirmou.
Giovani explicou que os turistas que visitam os parreirais querem levar para casa cachos maiores e sem defeitos, e os cachos que não eram comercializados precisavam de um destino, daí surgiu a ideia de fazer o suco natural.
“Na primeira remessa vendemos 60 litros durante o período da colheita e de outros 80 litros que produzimos, ainda temos algumas unidades. Produzimos o suco de forma natural e temos vendido nos frascos de 500 ml e de 1,5 litro”, disse o produtor.
Durante as três colheitas, Giovani produziu em média 8 toneladas da fruta nas 400 plantas cultivadas, mas aumentou sua área produtiva, que hoje é formada por mil plantas. As uvas fazem parte da complementação de renda da família que tem como principal atividade a cultura cafeeira.
“Por meio do Programa de Fruticultura vimos uma possibilidade de diversificar nossa produção. A uva se tornou uma fonte de renda alternativa, além de uma nova experiência para nossa família. O cultivo tem valido a pena. Conseguimos, desde a primeira colheita, retirar toda a despesa que tivemos no primeiro parreiral, o que eu imaginava acontecer só na terceira colheita”, comentou Giovani.
Linhares é um dos maiores produtores de mamão, cana-de-açúcar, café e cacau do Espírito Santo. A Prefeitura de Linhares, por meio do Programa Municipal de Fruticultura, investe na diversificação da economia, distribuindo mudas para o aproveitamento de pequenas porções de terras nas propriedades locais.
Pedro Lucas Venturin ingressou recentemente no programa e recebeu 130 mudas de uva da variedade “Izabel Precoce”, com a intenção de começar a produzir vinhos. A comercialização está prevista para ser realizada em dezembro deste ano, já que as pesquisas sobre envase do vinho e rótulo foram iniciadas.
“No ano passado comprei a uva de outro produtor integrante do programa e de forma artesanal iniciei a produção de vinho para teste. Minha intenção é, mais para frente, montar um local na propriedade para vender o vinho”, disse Pedro.
Além da uva, que também conta com o cultivo da tangerina ponkan, os outros polos instituídos são: Polo BR 101, com o cultivo do limão tahiti e, recentemente, a introdução da laranja da variedade pêra IAC; Polo Distrito Farias, com o cajá manga anão; Polo Baixo São Rafael, com a goiaba; e o Polo Litoral, com o açaí.
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