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Buscando a diversificação de suas atividades e novos posicionamentos de mercado para a marca própria de café, o Café Guardião, a Cooabriel realizou um importante investimento e se prepara para inaugurar sua primeira planta industrial. O empreendimento está localizado no município de São Domingos do Norte, no Espírito Santo, e ocupará uma área aproximada de 1.500 metros quadrados, destinada para estacionamento, carga e descarga e galpão industrial. O maquinário será capaz de realizar todas as etapas de industrialização do café, da torra e moagem ao empacotamento e finalização.
Atualmente, o processo de industrialização do Café Guardião é realizado por terceiros. Com o início das atividades deste projeto, a cooperativa assumirá esse processo e espera obter ganhos importantes, como a redução de custos e um controle mais preciso dos processos.
Além disso, será possível criar novos padrões de torra e moagem, bem como ajustar a produção conforme a demanda do mercado. Ainda sobre a capacidade de produção, o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, comenta que “a princípio o projeto terá uma capacidade de processamento que, embora ainda não seja alta, atenderá à demanda e com potencial para que seja ampliada rapidamente”.
A manutenção do padrão de qualidade dos produtos é um dos grandes objetivos deste investimento, especialmente no que se refere à chamada curva de torra.
Sobre esse aspecto, a degustadora e Q Robusta Grader da Cooabriel, Júlia Partelli, que estará na gerência do projeto, explica que o processo de industrialização será acompanhado de perto, de modo que os padrões de qualidade sejam mantidos.
“Como todos os processos serão acompanhados diretamente, será possível manter os padrões estabelecidos, especialmente a curva de torra. O café será provado antes mesmo da torrefação, pois será feita a prova de xícara para verificar se há impurezas”.
“Tudo isso para garantirmos a qualidade, desde o café cru até o produto final, já empacotado. Mesmo que algumas características possam variar, por razões climáticas, temperatura ou umidade, por exemplo, haverá um estudo para que se mantenham as características do padrão que foi criado”, explicou Júlia Partelli.
De acordo com o superintendente da cooperativa, Carlos Augusto Pandolfi, o investimento é muito importante e será capaz de atender às demandas atuais.
“Estamos trazendo a curva de torra para dentro de nossa casa e, em paralelo, alterando a imagem do café como foi comunicado ao público até agora, ou seja, mudamos a embalagem e também os processos inerentes à produção. Queremos apresentar para o mercado o valor do Café Guardião, que não é só mais um café: é um produto muito diferente, pois tem garantia de ser 100% café, sem impurezas”, disse Pandolfi.
O superintendente da cooperativa também destacou que o café é composto exclusivamente do conilon, fruto do trabalho de mais de 7 mil famílias. “Junto a isso, traz em si a confiança de ser produzido por uma cooperativa que tem 2 milhões de sacas de café recepcionadas e que tem café de qualidade para colocar no mercado, oferecendo ao consumidor a segurança que ele precisa”.
Atualmente, o Café Guardião é comercializado sob as versões tradicional e extraforte. Com o início da operacionalização, há planos para que novos produtos sejam lançados, alcançando novos mercados e seus consumidores. Sobre isso, Pandolfi confirma:
“Estamos investindo para posicionar o conilon no mercado e torná-lo ainda mais conhecido e consumido. O capixaba precisa conhecer e passar a consumir e a valorizar um pouco mais o conilon, que é um produto tipicamente do Espírito Santo. Precisamos também falar e mostrar a qualidade desse café para o Brasil e para o mundo e esse é o trabalho que a Cooabriel, através do Café Guardião, começa a fazer”.
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