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Após queda nas exportações durante a pandemia da Covid-19, o setor produtor de cachaça apresentou uma significativa recuperação em 2021. Agora, o mercado de exportação bateu recorde e tem motivos maiores para comemorar. O valor exportado no fechamento de 2022, de janeiro a dezembro, foi de 20 milhões de dólares, segundo levantamento do Ministério da Economia e compilado pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).
O setor tem motivos para comemorar os resultados porque o valor das exportações representa um crescimento de 52,8% em relação a 2021. Em volume, o aumento foi de 29,03%, totalizando mais de 9,3 milhões de litros. Os dados são do acumulado do ano de 2022.
Segundo o levantamento, a bebida foi exportada para mais de 75 países, sendo que os principais destinos foram os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, França e Itália.
O diretor executivo do Ibrac, Carlos Lima, explica que, desde 2021, o setor já apresentava uma significativa retomada, superando parte dos prejuízos causados pelo fechamento de bares e restaurantes em todo o mundo e a proibição de comercialização de bebidas alcoólicas por conta da pandemia da Covid-19.
“Em 2022, não apenas retomamos, como superamos o balanço de 2019 e dos últimos doze anos”, destacou.
À nível nacional, uma das ações estratégicas de promoção das cachaçarias brasileiras no mercado internacional é o projeto “Cachaça: Taste the New, Taste Brasil”, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com o Ibrac.
As empresas apoiadas pelo projeto foram responsáveis por pelo menos 65,4% do valor recorde de exportação. No ano passado, das 67 empresas apoiadas, 29 exportaram mais de 12 milhões de dólares para diversos países compradores.
Outro projeto responsável por preparar e qualificar as micro, pequenas e médias empresas para venderem no exterior é o PEIEX Agro Cachaça. A iniciativa contribui para que o produtor fabrique um destilado brasileiro de qualidade e competitivo internacionalmente.
Para isso, as empresas recebem qualificação sobre o comércio internacional, adequação do produto, da embalagem e até mesmo para entender as diferentes demandas de cada mercado.
Consumida no mundo afora, a cachaça é uma bebida símbolo do país. Segundo dados do último Anuário da Cachaça, o Brasil tem 936 estabelecimentos produtores de cachaça. A maior parte das cachaçarias brasileiras permanece concentrada na região sudeste, com 620 cachaçarias e que representa 66,2% do total.
O Espírito Santo só fica atrás dos estados de Minas Gerais e São Paulo, sendo o terceiro colocado na produção da bebida com a presença de 64 cachaçarias registradas.
A Cachaça Princesa Isabel, indústria familiar e com produção artesanal em Linhares, é uma das cachaçarias que está investindo na internacionalização de seus produtos genuinamente capixabas. As bebidas já foram enviadas para Alemanha, Estados Unidos e Itália. No final do ano passado, 11 mil garrafas da cachaça linharense foram enviadas ao exterior.
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