Dores do Rio Preto tem saca de café arrematada por R$ 22,2 mil em leilão
O agronegócio bateu recorde de faturamento e consumo interno com as exportações de café solúvel em 2022, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). As exportações apresentaram faturamento recorde de US$ 705,7 milhões em 2022, representando avanço de 24,5% em comparação aos US$ 566,7 milhões obtidos no ano anterior. Apesar do aumento do faturamento, a quantidade embarcada caiu 9%, passando de 4,012 milhões de sacas para 3,7 milhões de sacas de 60 kg no ano passado.
O consumo de café solúvel no Brasil foi de 998.668 sacas em 2022, avançando 1,4% sobre o ano anterior e alcançando o maior nível histórico, informou a Abics.
Desde 2016, os brasileiros aumentaram o nível consumido da bebida. Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics, explica que as indústrias ampliam, a cada ano, suas plantas fabris e a diversidade de produtos.
“Aliado às ações que desenvolvemos por meio da campanha ‘Descubra Café Solúvel’, nas redes sociais e junto a profissionais de barismo e cafeterias, gera um crescimento vigoroso, proporcionando maior percepção das qualidades e da versatilidade do café solúvel pelos consumidores brasileiros”, conclui.
Além da expansão da produção e nas melhorias tecnológicas do setor, 2022 também foi marcado pelo início das operações da nova planta de produção de café solúvel da Cia. Cacique, na cidade de Linhares, no Espírito Santo, e também pela nova unidade de produção da IGC, no Paraná.
Também foram anunciados investimentos tecnológicos das empresas Realcafé/Grupo Tristão, no Espírito Santo, da Nestlé, em São Paulo e Minas Gerais. Também está em destaque o avanço das obras e instalações da empresa Olam Food Ingredient, a mais nova empresa de solúvel a se instalar no Brasil, cuja planta está localizada em Linhares, com início das operações previsto para maio de 2023.
Segundo a Abics, esses investimentos ultrapassam R$ 1,5 bilhão e o setor se consolida como o maior produtor e exportador mundial de café solúvel.
A receita dos embarques foi de US$ 705,7 milhões, puxada principalmente pela alta dos preços, mas o volume reduziu em 9% por problemas na logística global, entre eles a guerra entre Rússia e Ucrânia.
“O recuo registrado no volume reflete o cenário econômico mundial, afetado pela pandemia da Covid-19, os gargalos e os altos custos logísticos, os elevados preços da matéria-prima no Brasil, além dos impactos causados pela guerra entre Rússia e Ucrânia”, diz o diretor da Abics, em nota.
O Brasil exportou café solúvel para 100 países no ano passado. Entre os principais parceiros comerciais dos cafés solúveis do Brasil em 2022, os Estados Unidos mantêm a liderança com folga (768 mil sacas), seguido por Argentina (302,8 mil sacas), Indonésia (268,2 mil sacas), Japão (187,9 mil sacas) e Polônia (181,1 mil sacas).
Um dos pontos que vale destacar é que as compras da Rússia recuaram 64,5% em 2022, quando o país importou cerca de 135 mil sacas. Na sequência, o Japão, com queda de 30,3%, registrando o equivalente a 187 mil sacas no ano passado.
Nos destaques positivos, estão a Finlândia e a Alemanha. Os finlandeses aumentaram em 432% para 157 mil sacas e a Alemanha com 149% de avanço ante 2021, com 97.844 sacas.
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