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Impulsionado pelo otimismo com a reabertura da economia chinesa, o barril de petróleo já se aproxima dos US$ 90 e pode avançar um pouco mais nos próximos meses. É que o país asiático é um grande consumidor de petróleo – além de minério de ferro – e a expectativa é de aumento na demanda. Analistas de mercado estão otimistas com o crescimento do mercado de commodities.
O preço do barril de petróleo voltou a ficar próximo dos US$ 90 nos últimos dias. O analista de Macroeconomia e Energia da hEDGEpoint Global Markets, Heitor Paiva, explica que o aumento pode ter ocorrido por causa da queda no fluxo de petróleo da Rússia devido ao embargo da União Europeia à compra do petróleo russo e da decisão dos países do G7 de estabelecer um teto máximo no preço.
Segundo Paiva, outro motivo que chama atenção do mercado é que os traders chineses estão importando volumes recordes de petróleo para essa época do ano, contrariando os rumores de uma possível recessão em 2023. As expectativas agora estão em torno de um cenário “relativamente positivo” para o mercado de commodities este ano.
“As autoridades monetárias da China estão cientes que devem manter uma política monetária relativamente frouxa para auxiliar na reabertura do país. Em face de uma possível retração econômica no Ocidente, a volta extremamente importante da China pode ser até mais relevante para compensar qualquer perda de demanda no Ocidente”, contou em entrevista ao Notícias Agrícolas.
A reabertura da China, após três anos de lockdowns, deve levar a um recorde de na demanda global por petróleo. A Agência Internacional de Energia (IAE) publicou um relatório mensal em que elevou sua projeção de alta no consumo mundial de petróleo em 2023 em quase 200 mil barris por dia (bpd), para 1,9 milhão. Espera-se que a demanda total por petróleo atinja este ano uma média inédita de 101,7 milhões de bpd, bem acima dos níveis pré-pandemia.
“Os indicadores que normalmente são acompanhados na China, como os níveis de atividade no país, indicam que, em muitos setores, a atividade econômica está acima dos níveis observados em 2019. O número de voos comerciais já está, por exemplo, no mesmo nível de antes da pandemia, além da mobilidade nas grandes cidades”, destaca Paiva.
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