Fev 2023
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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CBIO: como funciona o crédito de descarbonização?

Como um dos esforços para cumprir os compromissos assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21), o país estabeleceu metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, com o intuito de aumentar a participação de bioenergia na matriz energética brasileira para 18% até 2030.

Ele é emitido por usinas produtoras ou importadoras de biocombustíveis certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e negociado em bolsa. Cada papel corresponde a uma tonelada de carbono que deixa de ir para a atmosfera. Isso quer dizer que a emissão e negociação incentivam a produção de energia limpa.

Segundo análise do Itaú BB, o volume negociado de CBIOS na segunda metade de janeiro foi de 4,5 milhões de títulos, montante 136,4% maior frente à quinzena do mês anterior e 44% acima do mesmo período de 2022.

Os preços médios das negociações fecharam a segunda quinzena de janeiro em R$ 93,03/CBIO, que representa 5,6% acima da média de preço de 2023. De acordo com o relatório, apesar do valor estar abaixo do que foi registrado no ano passado, com mais de R$ 200, o preço médio de janeiro é de R$ 88,07.

De acordo com dados da B3 citados pelo banco, a emissão de CBIOS no mês passado foi de 3,1 milhões de títulos, 40,1% acima do total emitido em janeiro de 2022. O volume de CBios emitidos em 2022 somado com as emissões de janeiro é de 34,3 milhões de títulos.

Prazos foram alterados

O decreto 11.141/2022 alterou os prazos para a comprovação das metas individuais por cada distribuidor de combustíveis. Em caráter excepcional, o decreto definiu como 30 de setembro deste ano com prazo final para a comprovação do cumprimento das metas compulsórias, referentes ao ano de 2022 e definiu como data limite para os próximos anos o dia 31 de março do ano subsequente.

“Com a postergação do prazo para a meta de 2022 podemos ter a interpolação do período de negociações e aposentadorias das metas de 2022 e 2023. Considerando que até o final de 2022 foram aposentados 16,7 milhões de títulos, é provável que parte das distribuidoras  tenham cumprido a meta individual de 2022 e parte delas não. Neste sentido, não é possível determinar para quais metas (2022 ou 2023) os títulos estão sendo negociados ou aposentados”, destacou a análise.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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