Sicoob ES liberou R$ 200 milhões para estímulo de projetos sustentáveis em 2022
O mercado de créditos de descarbonização, os chamados (CBIOS), registrou aumento de preços na segunda quinzena de janeiro, apesar de uma maior disponibilidade de títulos emitidos pelos produtores de biocombustíveis, com um salto nas negociações junto às distribuidoras. O volume negociado de CBIOS na segunda metade de janeiro foi de 4,5 milhões de títulos, montante 136,4% maior frente à quinzena anterior e 44% acima do mesmo período de 2022, segundo relatório do banco de investimento.
Como um dos esforços para cumprir os compromissos assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21), o país estabeleceu metas anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, com o intuito de aumentar a participação de bioenergia na matriz energética brasileira para 18% até 2030.
Ele é emitido por usinas produtoras ou importadoras de biocombustíveis certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e negociado em bolsa. Cada papel corresponde a uma tonelada de carbono que deixa de ir para a atmosfera. Isso quer dizer que a emissão e negociação incentivam a produção de energia limpa.
Segundo análise do Itaú BB, o volume negociado de CBIOS na segunda metade de janeiro foi de 4,5 milhões de títulos, montante 136,4% maior frente à quinzena do mês anterior e 44% acima do mesmo período de 2022.
Os preços médios das negociações fecharam a segunda quinzena de janeiro em R$ 93,03/CBIO, que representa 5,6% acima da média de preço de 2023. De acordo com o relatório, apesar do valor estar abaixo do que foi registrado no ano passado, com mais de R$ 200, o preço médio de janeiro é de R$ 88,07.
De acordo com dados da B3 citados pelo banco, a emissão de CBIOS no mês passado foi de 3,1 milhões de títulos, 40,1% acima do total emitido em janeiro de 2022. O volume de CBios emitidos em 2022 somado com as emissões de janeiro é de 34,3 milhões de títulos.
O decreto 11.141/2022 alterou os prazos para a comprovação das metas individuais por cada distribuidor de combustíveis. Em caráter excepcional, o decreto definiu como 30 de setembro deste ano com prazo final para a comprovação do cumprimento das metas compulsórias, referentes ao ano de 2022 e definiu como data limite para os próximos anos o dia 31 de março do ano subsequente.
“Com a postergação do prazo para a meta de 2022 podemos ter a interpolação do período de negociações e aposentadorias das metas de 2022 e 2023. Considerando que até o final de 2022 foram aposentados 16,7 milhões de títulos, é provável que parte das distribuidoras tenham cumprido a meta individual de 2022 e parte delas não. Neste sentido, não é possível determinar para quais metas (2022 ou 2023) os títulos estão sendo negociados ou aposentados”, destacou a análise.
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