Fev 2023
17
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Empresários pedem mais fiscalização no comércio de café capixaba

A reunião foi realizada na sede do Grupo Tess Contabilidade, em Linhares, com a participação do vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, o secretário estadual de Agricultura Enio Bergoli, a subsecretária estadual de Competitividade, Rachel Freixo, bem como o secretário de Agricultura do município, Franco Fiorot.

As demandas sobre o setor cafeeiro, principal atividade agrícola do Espírito Santo, não passaram despercebidas pelas lideranças. Em relação ao café, o sócio da BlendCoffee, Júlio Moro, apontou as principais dificuldades no escoamento da carga no estado. Neste sentido, ele acredita que as soluções logísticas devem ser prioridades, entre elas a melhoria da BR-101.

No mesmo ritmo, André Ferri da Café Robusta destacou que o Estado deve implementar melhorias na fiscalização no comércio de café, fato que diminuiria a ilegalidade, traria maior equidade e competitividade aos armazéns.

Arisio Tessarolo, do Grupo Tess Contabilidade, direcionou a demanda ao município de Linhares em relação aos programas direcionados de incentivos fiscais, com foco no Imposto sobre Serviços (ISS), em pontos da cadeia produtiva que possam servir para facilitar a fiscalização e aumentar a arrecadação. Um exemplo foi o próprio setor de comércio de café, “com a necessidade de investimentos por parte dos armazéns, ter uma contrapartida do município poderia impactar positivamente em toda a cadeia”, explicou Tessarolo.

O pedido por mais segurança nas áreas rurais também ganhou destaque na agenda. Antonio Roberte Bourguignon, que é presidente do Sindicato Rural de Linhares, abordou a falta de segurança nas propriedades. Uma das reivindicações é a expansão de programas de patrulha. A preocupação gira em torno do crescimento dos investimentos nessas áreas e a chegada de tecnologia e maquinário avançado. Ele figura entre os principais piscicultores capixabas e está com o projeto do maior complexo com produção em tanques escavados do Espírito Santo.

Outro ponto levantado pelo empresário é o estado da estrada Linhares-Cacimba. Segundo Antonio, o problema começa na identificação do responsável pela manutenção e implementação de melhorias no trecho.

Representando a cultura do mamão, Bruno Pessotti, sócio da Frutmel e presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), trouxe para discussão a atual dificuldade encontrada pelos produtores no cadastro das lavouras, bem como para comprovar as adequações fitossanitárias, indispensáveis para evitar a disseminação de doenças.

Atualmente, os testes aplicados nos frutos são feitos fora do Espírito Santo. A sugestão apresentada por Pessotti é que os testes sejam feitos em laboratórios no estado com a fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf-ES).

Para resolver a dificuldade para a emissão do documento de Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) no transporte da banana, o sócio da Doce Bela, Fabrício Carraretto, fez uma solicitação de implementação de melhorias. Atualmente, os pedidos, que são realizados de forma digital, ficam disponíveis para serem feitos apenas em horário comercial. Por isso, seria ideal a expansão dos horários e datas de emissão.

Solicitação de mais investimentos em P&D no agro

A cocoicultura é uma importante fonte na geração de empregos e mão de obra no meio rural, bem como proporciona receitas frequentes ao produtor devido à comercialização de frutos durante o ano todo.

Um dos pontos observados por Diego Macena, sócio da Água de Coco 4 Estações, é a necessidade de ter uma estabilização da área plantada no estado com investimentos em pesquisas e tecnologias para o aumento da produtividade e melhoria da qualidade do produto disponibilizado ao consumidor. Segundo ele, é preciso ter mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento no setor.

Macena também pontuou sobre a precariedade de algumas estradas de acesso a propriedades rurais na região norte capixaba. “Em época de chuvas, os produtores chegam a ficar 30 dias sem transitar de forma eficiente”, contou.

Já Fernando Marin, da indústria de proteína animal Proteinorte, trouxe para o debate uma possível análise tributária no ICMS incidido na venda interestadual do frango entre o Espírito Santo e a Bahia.

“Tendo em vista que o frango congelado é sujeito a substituição tributária, logo o imposto deve ser pago antecipadamente em cada emissão de NF. Sugiro um protocolo de acordo entre os estados em busca de estabelecer um vínculo cooperativo ou de parceria”,  explicou Marim.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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