Fev 2023
19
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Tecnologia tem ajudado produtores do norte capixaba

O cultivo de culturas com a lona é indicado para horticultores que querem prevenir ervas daninhas, controlar a umidade e a temperatura do solo, evitar danos ocasionados por agentes climáticos e evitar o contato direto dos frutos com o solo.

A propriedade de Robson Malovini tem 50 hectares, sendo 40 de café e 10 são destinados ao cultivo em conjunto de mamão e café com lona.

De acordo com o coordenador do escritório local do Incaper, Odair Brado, o café de Robson é considerado de alta tecnologia e o cultivo em lona junto com o mamão é uma novidade na região. O mais comum é a plantação de morango com a técnica de mulching.

“O solo do mamão plantado sem a lona precisa de adubo com esterco de galinha após quatro meses do plantio. Com ela, a adubação pode ser feita semanalmente para suprir o esterco”, explicou.

Outra vantagem é a irrigação, pois o mamão pode ser cultivado em qualquer época do ano. Segundo o técnico do Incaper, existem aproximadamente 300 hectares de mamão em Aracruz e são produzidas cerca de 100 toneladas por hectare em cada safra, que pode durar mais de um ano. Atualmente, o mamão está sendo vendido em torno de R$ 4,50 o quilo.

Em conversa com Agro Business, a engenheira agrônoma Sandra Maria Mendonça explicou que no cultivo de mamão é frequente o surgimento de fungos e, além disso, com o mulching a planta fica abafada e o uso do esterco pode provocar uma disseminação de fungo. Por isso, é realizada a aplicação, uma vez por semana, da matéria orgânica (ácido húmico e fúngico).

Para evitar que a lona fosse danificada, Robson foi orientado a nivelar o terreno e não deixar pedras no solo. Desta forma, ele plantou quatro mudas por cova e colocou o mulching na linha do plantio.

Sandra destaca que o vilão do mamoeiro é o “vírus do mosaico”. “Ele ataca a planta e é preciso ter um sanitarista para passar semanalmente na lavoura e cortar o pé. Porque, ao contrário, dissemina a doença em toda área. Na propriedade de Robson está controlada”, explicou.

Espírito Santo responde por metade das exportações brasileiras de mamão, diz Conab

As exportações brasileiras de mamão recuaram em 2022. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume exportado ficou em 39,8 mil toneladas, uma queda de 20,8% nas vendas em relação ao ano anterior. Se for levado em consideração o ano de 2020, a queda foi de 8,9%.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior estimam que o mamão se destaca com os envios à União Europeia, que avançaram 90% entre 2011 e 2021. Apesar da redução nas exportações, a maior parte do volume de mamão exportado no país se originou do Espírito Santo (47%) e do Rio Grande do Norte (25%) e Bahia (10%).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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