Alta demanda internacional por milho deve garantir preços rentáveis ao produtor brasileiro
A Lasa Bioenergia, que pertence ao Grupo JB, está em crescente expansão em Linhares, no Espírito Santo. Presente há quatro décadas na região e proprietária de 15 mil hectares, a empresa investiu mais de R$ 100 milhões nos últimos cinco anos em projetos sustentáveis para garantir mais eficiência e sustentabilidade na produção de bioenergia, produzindo diversos tipos de álcool, aguardente, além de cogerar energia elétrica. Para este ano, novos investimentos estão em andamento, dentre eles, a troca de motobombas por bombas elétricas e o uso de circuito fechado para o reaproveitamento de água.
Com mais de 55 anos no mercado, o Grupo JB foi fundado em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, região Nordeste do país, e destaca-se no segmento agroindustrial pela diversidade e capacidade produtiva atendendo aos mercados nacional e internacional de açúcar, álcool, gás carbônico, energia, combustíveis, armazenagem e indústria química.
A empresa é responsável por cinco mil empregos diretos e 20 mil indiretos. As atividades estão concentradas nos estados de Pernambuco e Espírito Santo. Integrante do grupo, a Lasa Bioenergia tem quase mil funcionários, 10 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar, cinco mil hectares de áreas preservadas e uma planta industrial moderna, em Linhares, em que a colheita é 100% mecanizada.
A produção de energia utiliza como combustível a biomassa (bagaço da cana, consorciado como aproveitamento da palha da cana) oriunda do processo de produção de etanol.
Nos últimos cinco anos, já foram investidos R$ 100 milhões na compra da nova caldeira e em um novo gerador de energia mais eficiente e sustentável. Com isso, são gerados 30 megawatts-hora de energia. A energia gerada é suficiente para abastecer a planta industrial e, além disso, boa parte é vendida para empresas de distribuição de energia elétrica.
Uma estratégia adotada para o reaproveitamento de água utilizada na indústria é o sistema de circuito fechado. Foram investidos, aproximadamente, R$ 1 milhão para que fosse possível repor somente o suficiente de água.
Segundo o superintendente executivo da Lasa Bioenergia, Rafael Raso, diversos setores da indústria demandam o uso de muita água. O projeto deve ser finalizado na entressafra 2023/24 da cana-de-açúcar.
“Ao utilizar o circuito fechado, em vez da água ser descartada ela passa por um circuito e sempre será reutilizada. O nosso gasto é infinitamente menor e ambientalmente mais correto”, explicou.
Anualmente, são produzidas 600 mil toneladas de cana e 40 milhões de litros de álcool, que pode ser usado para o abastecimento de carros, para o consumo de bebida alcoólica, fabricação de remédios e cosméticos, entre outras funcionalidades.
Outro projeto que está em destaque é voltado para o campo com a finalidade de adquirir uma irrigação eficiente, que gaste menos água e alcance de forma mais abrangente as plantações.
Iniciado neste ano, a primeira fase demandará um investimento de R$ 3,6 milhões para a troca de motobombas por bombas elétricas. A expectativa é alcançar uma economia de 300 mil litros de diesel por ano, já que as motobombas são abastecidas a diesel.
De acordo com o superintendente executivo, a motivação para os investimentos em projetos sustentáveis vai muito além da eficiência energética e economia de gastos.
“Hoje, as empresas têm cada vez mais obrigações ambientais e sociais. Na nova política do Grupo JB estamos caminhando em trilhas mais modernas que priorizam o investimento em tecnologia. É possível agregar valor, adotar ações ambientais corretas e ter resultados financeiros positivos”, destacou Rafael.
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