Mar 2023
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Produção brasileira de soja aumentou em 20,6%

Se for confirmada a estimativa do Conab, o volume de soja a ser colhido nesta temporada é 20,6% superior ao registrado no ciclo anterior, o que aponta uma recuperação na produtividade das lavouras que foram atingidas pelas condições climáticas adversas no período de 2021/22.

A atual estimativa de produção da oleaginosa cresceu se comparada com o ciclo passado, mas representa uma variação negativa de 1% em relação ao último anúncio da Conab devido à intensificação, em fevereiro, dos danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul. É o que aponta o presidente da companhia, Guilherme Ribeiro. “Essas perdas foram compensadas, em parte, pelos ganhos observados em Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul”, explicou.

A colheita tem avançado em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo quando comparados com a safra 2021/22. Os motivos: excesso de chuvas que dificultam o tráfego de máquinas nas lavouras; plantio de soja realizado de forma tardia em algumas regiões do país; e temperaturas mais baixas em outros locais e que trouxeram impacto para o desenvolvimento dos grãos.

Em relação ao algodão, o plantio foi concluído em fevereiro e a cultura se encontra desde o estágio de desenvolvimento à formação de maçãs. Houve aumento de 4% na área, atingindo 1,66 milhão de hectares. Com isso, a expectativa é que a colheita da pluma atinja 2,78 milhões de toneladas.

A Conab alterou os estoques finais para o algodão para 1,53 milhão de toneladas no mercado externo. O início de ano se mostra lento para as vendas da pluma, como apontam os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Em fevereiro de 2023 foram exportadas 43,2 mil toneladas de algodão, um desempenho muito baixo ao se comparar com o mesmo período de 2022, quando foram exportadas 166,4 mil toneladas de algodão. A queda de 74,1% pode ser explicada pela crise mundial e das medidas restritivas para combate à Covid-19, que estavam sendo empregadas na China e que vem retomando gradativamente a produção e voltando a adquirir a pluma no mercado mundial. Ainda assim, o setor continua confiante e vem trabalhando para ampliar as exportações, as quais devem chegar próximo de 2 milhões de toneladas.

As exportações do milho seguem em ritmo acelerado, atingindo a marca de 2,28 milhões de toneladas exportadas, maior volume registrado para o mês desde 2016. A demanda chinesa, em conjunto com a quebra da safra argentina, tem influenciado na maior procura pelo produto brasileiro.

A companhia estima que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país via portos. Com isso, o estoque de milho em fevereiro de 2024, ou seja, ao fim do ano safra 2022/23, deverá ser de 7,3 milhões de toneladas – mesmo com o aumento da produção no país.

 

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Espírito Santo tem potencial para cultivo de grãos

A produção de grãos tem relevância considerável na economia brasileira e representa um dos principais produtos da pauta de exportação do país. O Brasil é o maior produtor de soja do mundo, com área plantada de 43 milhões de hectares, a maior parte no sul e no centro-oeste do país. A produção está estimada em 151 milhões de toneladas do grão, 20,6% superior à safra passada.

Embora considerado o ouro do agro brasileiro, o cultivo não é nada comum no Espírito Santo. Mesmo assim, muitos produtores têm investido neste mercado promissor.

A exemplo, a soja é a aposta dos irmãos Arthur e Lucas Sanders para aumentar a produtividade e o faturamento da propriedade da família, localizada no município de Pinheiros, no extremo norte capixaba. A primeira colheita foi realizada no ano passado, com média de 60 sacas por hectare, sendo a prova que com uso de tecnologia, manejo e variedades adaptadas é possível produzir soja no estado.

No município de Montanha, o produtor Vitor Alves investiu no cultivo de soja para diversificar a produção agrícola e o faturamento da propriedade. O plantio do grão, realizado em outubro do ano passado, rendeu uma boa safra e números positivos ao produtor. Na primeira colheita realizada na segunda semana de 2023, a estimativa ficou em 85 sacas por hectare, sendo superior à média nacional. Além de investir na soja, o produtor também tem plantação de outras culturas como milho e sorgo.

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