Mar 2023
16
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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No primeiro bimestre, exportações batem recorde de US$ 20 bi

Houve recuo nas exportações em função da redução dos volumes exportados de soja em grãos. Isso ocorreu devido ao atraso na colheita, apesar da estimativa de produção recorde da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 151,4 milhões de toneladas para a safra 2022/2023.

Nas vendas externas, o açúcar e o trigo também apresentaram queda. Houve menor disponibilidade interna para exportação, por causa das preocupações com a safra argentina no caso do trigo, e menor moagem de cana-de-açúcar por questões climáticas.

A carne bovina também teve desempenho desfavorável devido à redução internacional do preço e diminuição do volume exportado. Uma das razões para essa queda no volume é o caso atípico de “vaca louca” registrado no Pará e comunicado em fevereiro à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Por conta desse caso, as exportações para a China seguem temporariamente suspensas.

No primeiro bimestre (janeiro e fevereiro), as exportações brasileiras do agro alcançaram recorde de US$ 20,1 bilhões. Os destaques vão para as exportações recordes de farelo e óleo de soja, carnes de frango e suína, milho e celulose.

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Milho: Os embarques brasileiros totalizaram mais de 2 milhões de toneladas, com divisas de US$ 689 milhões. De acordo com o Ministério da Agricultura, o desempenho favorável pode ser explicado pela baixa oferta internacional e pela alta produção nacional do grão para a atual safra.

No  último levantamento da Conab, a estimativa de colheita é de cerca de 125 milhões de toneladas de milho. Desta forma, o Brasil deverá ser o maior exportador mundial de milho na temporada. Os principais importadores do grão em fevereiro foram Japão, Coreia do Sul, Colômbia, Argélia e Vietnã.

Celulose: As vendas externas de celulose bateram recorde de valor e volume para os meses de fevereiro, atingindo US$ 766 e 1,6 milhão de toneladas. Os países mais industrializados do mundo são os maiores demandantes da celulose brasileira: China, União Europeia e Estados Unidos.

Farelo e óleo de soja: As vendas atingiram US$ 710 milhões por causa da elevação do preço médio de exportação, que subiu 23%. Os principais importadores foram Tailândia, Países Baixos, Polônia, França e Indonésia.

Ainda no complexo soja, o óleo de soja teve desempenho recorde em faturamento e no volume para os meses de fevereiro, chegando a US$ 268 milhões, apesar da queda de cerca de 16,8% no preço médio de exportação. Índia e Bangladesh impulsionaram as vendas e importaram 33% (73 mil toneladas) e 25% (57 mil toneladas), respectivamente, de todo o volume exportado.

Carne de frango: Teve recorde para os meses de fevereiro, com registro de 372 mil toneladas e US$ 726 milhões. O Brasil por não ter registro de casos de gripe aviária, consegue obter recordes nos embarques da proteína, diante do cenário mundial. Os principais compradores foram China, Arábia Saudita, Japão e Emirados Árabes Unidos.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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