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A Lab. Kombucha, localizada em Pedra Azul, no município de Domingos Martins, é conhecida por ser a primeira empresa a comercializar as bebidas na região. A proprietária Cecília Cunha ressalta que a partir desta semana as bebidas vão ser disponibilizadas em mais pontos de vendas da região das montanhas e na Grande Vitória. A expectativa é atender mais cidades nos próximos meses. Ao todo, quatro sabores – morango, tangerina, maracujá e framboesa – já foram lançados, mas Cecília garante que estão sendo feitos testes com novos sabores, como o café, o cacau e a baunilha.
Para quem não conhece e ainda não provou, a kombucha é uma bebida fermentada com origem chinesa e ficou conhecida como o “elixir da vida”. Ela é feita a partir da infusão ou extrato da planta Camellia sinensis e produtos como frutas e chás.
A Lab Kombucha é uma pequena fábrica localizada em Domingos Martins, região das montanhas do Espírito Santo, que está produzindo kombucha, uma bebida que se popularizou no Brasil como uma alternativa saudável ao refrigerante.
A iniciativa surgiu após a desistência do casal Cecília Cunha e Ricardo Costa em abrir outro restaurante durante a pandemia (eles já são donos de um na região). Desta forma, eles decidiram investir R$ 400 mil em uma kombucharia, aproveitando a oportunidade local e a crescente demanda da população por hábitos mais saudáveis.
Na fábrica também é produzido vinagre de kombucha, utilizando uma técnica que permite transformar a bebida em um ingrediente para molhos e temperos. Cecília dá preferência para utilizar as frutas produzidas no estado, mas a planta Camellia sinensis vem do interior de São Paulo, considerado o maior produtor de chá do país e que tem boa parte da produção voltada para a exportação.
“As nossas frutas nós damos preferência para pequenos produtores locais. A framboesa, por exemplo, é cultivada por produtores de Venda Nova do Imigrante. A escolha da lata como material de embalagem foi pensada com base na rapidez do retorno de reciclagem desse material. Após a infusão do chá, nós utilizamos na horta do restaurante e também produzimos vinagre na fábrica”, explicou.
O casal está empolgado com a demanda que estão recebendo, embora prefiram atender primeiro aos pequenos mercados para aumentar gradualmente sua produção. Atualmente, a fábrica produz cerca de 2.400 latas por mês e, apesar de ainda ser pequena, a equipe já conta com dois funcionários. Está nos planos dos proprietários expandir a capacidade de produção nos próximos meses.
A etapa de registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi extensa, mas permitiu que os proprietários tivessem tempo para comprar os devidos equipamentos para equipar a fábrica.
“Para conseguir o registro precisa estar com a fábrica montada. Quando os técnicos vieram na região, nós fomos a última fábrica vistoriada e a única a conseguir o registro no mesmo dia”, destacou Cecília.
A linha de produtos consiste em quatro sabores: morango, framboesa, maracujá e tangerina. Testes estão sendo feitos para uma linha especial e mais elaborada com infusão de cascas de café arábica, chá preto, canela e mel da flor de café.
Outros testes estão em produção com cascas de cacau e baunilha, e outro com limão siciliano, gengibre e menta – a baunilha vem de produtores de Santa Maria de Jetibá e Mimoso do Sul e o cacau do norte do estado.
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