A combinação entre lavoura, pecuária e floresta dentro de uma mesma área é uma estratégia de produção que vem crescendo nos últimos anos. Para potencializar a produtividade das propriedades rurais, técnicos da Rede ILPF e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estiveram em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, nesta semana para capacitar 50 extensionistas e pesquisadores do estado. Assim, o conhecimento poderá ser repassado aos produtores rurais que buscam diversificar a produção agrícola, aumentar a produtividade em uma mesma área e recuperar áreas de pastagens degradadas.
As atividades foram realizadas na fazenda experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural Bananal (Incaper), com aulas teóricas e práticas sobre as diferentes modalidades dos sistemas.
Os participantes de diversas instituições capixabas – como Idaf, Seag, Seama, Faes e Senar – puderam conhecer modelos do sistema ILPF, sendo elas: integração lavoura-pecuária (ILP), integração lavoura-floresta (ILF), e integração pecuária-floresta (IPF).
As ações da Caravana ILPF já acontecem há um ano na região do norte do Espírito Santo e sul da Bahia, identificando gargalos e oportunidades para adoção dos sistemas nas regiões.
O gerente-técnico da Rede ILPF, Felipe Martini, explica que durante um ano de caravana foram realizadas diversas palestras e atividades para capacitar os técnicos.
“A partir dos cursos de ensino à distância, nós colocamos em prática todos os conjuntos que podem ser adaptados ao Espírito Santo, entre eles o sistema silvipastoril, o sistema de lavoura-pecuária com milho, sorgo e braquiária, os sistemas agroflorestais que integram café, banana e eucalipto, além da seringueira com cacau, que é muito comum no estado”, destacou.
Segundo ele, a parte mais importante é convencer o produtor a adotar as tecnologias do sistema que integra a lavoura, a pecuária e a floresta. “A gente sempre orienta que o produtor a buscar capacitação para ter mais informações sobre os benefícios do sistema”, disse.
Além do benefícios de diversificar a produção e aumentar a produtividade em uma mesma área, os produtores que utilizam o modelo de sistema integrado também podem recuperar áreas de pastagens degradadas.
O coordenador-técnico de Produção Animal do Incaper, Bernardo Lima, destaca que a intenção é formar multiplicadores sobre os sistemas integrados para que eles possam passar as informações para os produtores rurais.
“Nós envolvemos diferentes instituições ligadas ao agronegócio para formar cabeças pensantes e capacitar os nossos produtores. No estado nós temos diferentes combinações principalmente de forrageiras, de eucalipto com pasto no morro, seringueira e cacau, a integração entre lavoura e pecuária com o sorgo, milho e capim, além dos sistemas com nativas jacarandá, indicadas para ações de reflorestamento”, disse.
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