Abr 2023
15
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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EUA e Alemanha seguem como principais compradores

De janeiro ao fim de março de 2023, o Brasil embarcou 8,358 milhões de sacas, volume 22,8% inferior aos 10,824 milhões de sacas registrados no primeiro trimestre do ano passado. A atual receita cambial é de US$ 1,796 bilhão, o que representa baixa de 27,5% frente aos US$ 2,478 bilhões nos três primeiros meses de 2022.

Não obstante a esse declínio, o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, observa como positivo o crescimento visto em relação aos desempenhos apurados nos dois primeiros meses deste ano.

“O volume embarcado em março representa aumentos de 9% sobre janeiro e de 27% sobre fevereiro”, aponta.

No primeiro trimestre de 2023, os Estados Unidos seguem como principal comprador dos cafés do Brasil, adquirindo 1,553 milhão de sacas, apresentando uma queda de 26,6% no volume registrado no mesmo período de 2022. Ao todo, foram 18,6% dos embarques totais brasileiros.

A Alemanha ocupou o segundo lugar no ranking, com representatividade de 13,1% e importação de 1,099 milhão de sacas. Na sequência, vêm Itália, com a compra de 644.001 sacas; Japão, com 471.307 sacas; e Bélgica, com a aquisição de 449.319 sacas.

A China também apresentou um desempenho positivo a respeito das remessas dos cafés brasileiros. No primeiro trimestre, houve registro de crescimento de 108,7% e mais de 185.308 sacas, um volume que representa 2,2% da exportação total e faz com que o país salte para o 14° lugar no ranking dos principais destinos.

O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, destaca que esse movimento reflete uma maior aceitação do produto na China, com consumidores jovens, dispostos a experimentar a bebida.

“O mercado chinês vem crescendo ao longo dos anos e o Brasil vem ocupando espaços. Temos realizado diversas ações de promoção dos nossos cafés em parceria com redes de cafeterias e agentes locais, o que contribui para esse avanço que observamos no mercado sino”, ressaltou.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, também contextualiza o cenário com o atual momento do governo brasileiro na tentativa de aumentar a relação comercial entre os dois países.

“O café tem uma ótima oportunidade de incrementar muito mais este crescimento, com qualidade, sustentabilidade e competitividade, tendo em vista o potencial cada vez maior do mercado sino e a tendência de mudanças de hábitos de consumo, principalmente por parte dos milhões de jovens chineses”, finaliza.

Foram exportadas 7,167 milhões de sacas de café arábica em três meses

Em relação aos tipos de cafés, o arábica foi o mais exportado entre janeiro e março deste ano, com o despacho de 7,167 milhões de sacas ao exterior, o que corresponde a 85,8% do total.

O segmento do solúvel teve 910.547 sacas embarcadas, com representatividade de 10,9%, seguido pela variedade canéfora (robusta + conilon), com 270.486 sacas (3,2%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 10.141 sacas (0,1%).

Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis responderam por 19,9% das exportações totais brasileiras do produto no primeiro trimestre de 2023, com o envio de 1,665 milhão de sacas ao exterior. Esse volume representa alta de 3,3% na comparação com o mesmo período do ano antecedente.

O preço médio desse produto foi de US$ 248,70 por saca, proporcionando uma receita de US$ 414 milhões nos três meses, o que corresponde a 23% do obtido com os embarques totais. No comparativo anual, o valor é 16,8% menor do que o aferido no primeiro trimestre de 2022.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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