Produtores capixabas desenvolvem técnicas que aumentam a produção de pitaya
Para atender os produtores rurais em um dos grandes gargalos na colheita do café, que é a falta de mão de obra, a Cooabriel pretende trazer tecnologias utilizadas para secagem dos grãos para a Feira de Agronegócios, prevista para acontecer nos dias 27, 28 e 29 de julho em São Gabriel da Palha. Além de apresentação de tendências tecnológicas, serão abordados temas para o aprimoramento técnico dos produtores a fim de promover o café conilon como bebida de qualidade.
Em 2022, a feira recebeu cerca de 70 expositores e movimentou, aproximadamente, R$ 200 milhões em negócios. Para esta edição, há planos para que a infraestrutura da feira seja melhorada e ampliada. Foram investidos R$ 1,8 milhão em obras na área de eventos.
Espera-se atrair um público diversificado, composto por cafeicultores e produtores em geral, pesquisadores e estudantes, instituições financeiras e órgãos públicos de fomento à agricultura, bem como empresas fornecedoras de máquinas, equipamentos e insumos.
Devido a escassez de mão de obra na colheita do café surge a necessidade de investimento em tecnologia, equipamentos e máquinas para melhorar a qualidade da produção cafeeira. A Cooabriel já está trabalhando nesse sentido, buscando alternativas para a secagem do café a fogo indireto, que é mais lenta e oferece menor custo do que a secagem a fogo direto.
O presidente da cooperativa, Luiz Carlos Bastianello, ressaltou que a rentabilidade é o foco e que os produtores precisam computar fatores importantes para o trabalho ser mais rentável. A tecnologia para secar o café a fogo indireto será uma das atrações da feira da Cooabriel, que também vai apresentar protótipos de secadores mais eficientes e automáticos.
“O produtor busca secar o café no menor tempo possível e isso tem gerado perda de qualidade. A secagem ao fogo indireto é mais lenta e deve ser realizada com no mínimo 30 horas, além de possibilitar um custo menor do que secar ao fogo direto, garante maior qualidade e valor agregado”, explicou.
A cooperativa está em processo de tratativa com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) para ter acesso a protótipos que possibilitem uma secagem mais lenta. Além disso, está em contato com fabricantes que já têm sistemas desenvolvidos e eficientes, como o “secador de caixa”, muito utilizado na secagem do café arábica.
O secador de caixa, em sua versão automatizada, permite que o produtor coloque a palha pela manhã e mantenha o abastecimento em média por 12 horas, mantendo a temperatura controlada, garantindo assim uma seca uniforme dos grãos enquanto o produtor pode cuidar de sua colheita sem se preocupar.
“Esse modelo é muito interessante para o pequeno produtor porque ele não vai precisar pagar frete para a secagem do café. Além de ser um equipamento que não é caro, possibilita a secagem gradativa. São ganhos que ficam dentro da propriedade e que fazem toda a diferença”, explicou Bastianello.
A iniciativa será implementada na fazenda da Cooabriel em São Domingos do Norte e, posteriormente, repassada aos produtores.
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