Abr 2023
21
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Cafeicultura tem passado por escassez de mão de obra

A cafeicultura tem passado por transformações positivas nos últimos anos. Um exemplo é o Espírito Santo, segundo maior produtor de café do país, que produziu 16,7 milhões de sacas em 2022. Para o conilon, o montante ficou em 12,4 milhões de sacas, aumento de 10,1% em relação à safra anterior. Para o arábica, a produção foi de 4,4 milhões de sacas, 48,1% a mais que o volume colhido no último ciclo.

Renan Bernardi, que representa uma empresa de máquinas agrícolas, destaca que o custo costuma ser alto durante a colheita do café conilon e, por isso, muitos produtores têm investido em mecanização.

“Com a utilização das máquinas, há uma redução de cerca de 60% na necessidade de mão de obra, além de diminuição no custo operacional e facilidade no transporte dos grãos. Além disso, a procura por equipamentos tem aumentado, uma vez que a falta de mão de obra tende a se agravar. Para a colheita deste ano, só na região do Espírito Santo e extremo sul da Bahia, foram vendidos 224 equipamentos destinados à colheita”, explicou.

Existem opções de máquinas para diferentes perfis de produtores, com preços que variam de 170 mil a 350 mil reais. Vale destacar que com a redução de custos operacionais da propriedade, é possível tornar a produção mais eficiente e competitiva.

Com 83 hectares destinados à plantação de café em Sooretama, o produtor Antônio Bravim comprou uma máquina há dois anos da empresa linharense Pianna Rural. Desta forma, passou a utilizar o sistema de colheita semimecanizada pela necessidade de reduzir a mão de obra.

“Antes eu tinha dificuldade para encontrar mão de obra. De 120 pessoas, passei a trabalhar com 41 pessoas nos últimos dois anos, desde a pilhagem até a colheita do café. Além disso, a economia é garantida em cerca de 40% em toda a lavoura”, ressaltou o cafeicultor.

Segundo Bravim, a máquina permite uma grande facilidade na hora de colher o café, permitindo a coleta de frutos mais maduros em um tempo menor. Ele reconhece que ainda há resistência por parte de alguns agricultores, mas afirma que é necessário apenas ter uma equipe treinada para manuseá-la.

Máquinas agrícolas otimizam colheita

Atualmente, com 50 anos de atividade, a Pianna Rural trabalha em onze segmentos de mercado em quatro estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais.

Atua nas seguintes áreas: veículos, tratores, máquinas agrícolas, pneus, posto de gasolina, financeiras, distribuidoras de petróleo, material de construção e máquinas pesadas para a agricultura.

De acordo com Altamir Biancardi, gerente da filial de Linhares da Pianna Rural, a mão de obra escassa fez com que produtores optassem pela colheita semimecanizada. Além de redução de custo em até 60%, o produtor pode adaptar o maquinário para diferentes tipos de café.

“A máquina de colheita desenvolvida, há 15 anos, tem passado por melhorias e adaptações ao longo dos anos. Ela realiza a poda ao mesmo tempo em que colhe, reduzindo o estresse das plantas e permitindo um ganho de produção para a próxima safra. Outra vantagem da colheita mecanizada é a recuperação de cafés que caíram no chão, que podem ser recuperados e comercializados, gerando um aumento no lucro”, disse.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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