Quarto Encontro Agro Business: Linhares recebe lideranças nacionais nesta sexta
Após conquistar o registro de biofertilizantes de substâncias húmicas e de extratos de algas, a empresa capixaba Litho Plant, líder em tecnologia de bioestimulantes, acaba de anunciar que atendeu às exigências estabelecidas pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para o registro do produto de biofertilizantes de aminoácidos. Agora, a indústria está na etapa de análise para aquisição do registro de extratos de vegetais. Uma das metas da Litho Plant é encerrar 2023 com as quatro certificações, tornando-se a primeira empresa brasileira a obter todos os registros.
O Ministério da Agricultura considera que existem quatro grupos de biofertilizantes no Brasil, sendo eles: substâncias húmicas, algas, aminoácidos e extratos de vegetais.
De acordo com o diretor da Litho Plant, Luciano Rastoldo Sigismondi, a empresa está na etapa final de pesquisa para adquirir o registro de extratos de vegetais. “A meta é conseguir os quatro até o final de 2023, tornando-se a primeira empresa de biofertilizantes no Brasil a obter os registros”, explicou.
Fundada há 17 anos em Linhares, a Litho Plant é especializada na produção e distribuição de fertilizantes especiais para todas as culturas. Ao todo, são 11 produtos voltados para o agronegócio.
O biofertilizante é um produto que contém princípio ativo ou agente orgânico, isento de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar sobre todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a produtividade.
Em cada cultura, os produtos agem de formas diferentes. Na soja, por exemplo, é capaz de acelerar o processo de germinação das sementes, o aumento dos grãos e promover o desenvolvimento radicular da planta.
Já na cafeicultura, principal atividade agrícola do Espírito Santo, os biofertilizantes promovem ativação biológica do solo, aumentam a disponibilidade de nutrientes, estabilizam o pH na faixa irrigada e garantem maior resistência contra pragas e doenças.
A utilização de biofertilizantes no solo tem se mostrado uma tecnologia eficiente para garantir a segurança alimentar tanto para quem consome o produto final quanto para quem utiliza a tecnologia na lavoura. Isso ocorre porque eles são capazes de devolver para a terra os microrganismos que foram se perdendo no ambiente, ao longo dos anos, com o uso intensivo de adubos químicos e agrotóxicos.
O uso também é uma prática que contribui para a sustentabilidade, já que se enquadra na prática da agricultura regenerativa, que tem como objetivo trazer de volta para a área plantada uma situação ideal em que haja equilíbrio microbiológico no solo, tornando as plantas mais resistentes e os alimentos mais saudáveis.
Segundo o diretor da empresa, o uso também traz ganhos de produtividade para as lavouras, além de reduzir o custo de fertilização quanto aos fertilizantes químicos. Ele ressalta que a agricultura a céu aberto é uma atividade que não pode ser completamente controlada, pois está sujeita a intempéries climáticas como chuvas intensas, secas e temperaturas extremas.
“Por isso, a utilização de biofertilizantes é essencial para devolver a condição natural do solo e das plantas, permitindo que elas lutem melhor contra os efeitos que não são controlados pelo homem. Em resumo, o uso de biofertilizantes se apresenta como uma tecnologia promissora e sustentável para a agricultura moderna”, explicou.
Atualmente, a indústria linharense tem capacidade de produção anual de dois milhões de litros, laboratório próprio para análises de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e tecnologia de produção automatizada.
Nos quatro primeiros meses do ano, a empresa já registrou crescimento de 94,77% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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