Maio 2023
19
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Safra no Espírito Santo apresenta diferentes cenários

No Brasil, a expectativa para o café arábica é que sejam colhidas 37,93 milhões de sacas beneficiadas, o que representa 69,3% da produção de café no país. Se confirmado, o volume representa um aumento de 15,9% sobre a safra de 2022.

Já para o café conilon, a perspectiva para a atual temporada é de uma produção de 16,81 milhões de sacas, redução de 7,6% da safra passada. O aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não compensaram as perdas de produtividade estimadas no Espírito Santo, maior produtor de conilon do país e com concentração mais expressiva na região norte capixaba.

“Durante o desenvolvimento do grão no estado capixaba, foram registradas condições adversas, principalmente as fases iniciais do ciclo da cultura, impactando no desempenho dos cafezais”, esclarece o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.

Com recorte para o Espírito Santo, a produção do café conilon está estimada em 10.575 milhões de sacas, redução de 14,4% em relação à safra anterior. Já no arábica, a produção deverá ser de 3.075 milhões de sacas, 29,5% abaixo do volume colhido na última safra.

A estimativa da safra de café arábica e conilon no Espírito Santo apresenta diferentes cenários. Confira a explicação técnica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab):

No caso do café arábica, houve oscilação climática que afetou a recuperação vegetativa das lavouras após a colheita da temporada de 2022. No início, os níveis de precipitação seguiram abaixo do esperado, dificultando essa fase de recuperação.

Além disso, foram registradas rajadas de ventos sobre regiões de maior altitude, causando desfolha nas plantas e reduzindo a produtividade. A partir de setembro de 2022, as chuvas aumentaram um pouco, mas ainda de forma irregular. A situação melhorou efetivamente a partir de outubro, com chuvas em bom volume durante a formação dos frutos e enchimento deles, especialmente entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Isso favoreceu o desenvolvimento dos grãos e deve resultar em boa qualidade. No entanto, os indicadores atuais apontam para redução no rendimento médio devido às condições climáticas adversas em certas fases do ciclo e também devido ao efeito da bienalidade negativa. As primeiras lavouras já estão na fase de colheita.

No caso do café conilon, no Espírito Santo, o ciclo começou com índices pluviométricos abaixo da média, principalmente entre maio e setembro de 2022. Também foram registrados ventos fortes e baixas temperaturas, afetando algumas lavouras, ocorreram em desfolha das plantas e aborto de flores. Em certas áreas, foram aplicados tratos culturais mais drásticos para renovar as lavouras e postergar a produção para os próximos ciclos.

Embora a partir de outubro de 2022 tenha começado um período chuvoso importante, o potencial produtivo da cultura já havia sido afetado nas fases de dormência e floração, o que deve resultar em números de produtividade menores em comparação ao ano anterior. Atualmente, a maioria das lavouras está em processo de maturação e início de colheita, com o pico das operações esperado entre maio e julho.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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