A Cooperativa de Laticínios de Alfredo Chaves (Clac) inaugurou a nova fábrica de laticínios em Cachoeira Alta, localizada no município de Alfredo Chaves. O novo parque industrial, denominado Vitório Benincá em homenagem a um dos cooperados mais antigos da cooperativa, foi construído com um investimento de R$ 5,9 milhões. Com uma área de 45 mil metros quadrados, a nova planta começará a operar em junho deste ano, com a expectativa de gerar 12 novos empregos na região até o final deste ano. A indústria terá uma capacidade de produção ampliada para 30 mil litros de leite por dia, em comparação aos atuais 8 mil litros. Além disso, a capacidade de armazenamento diário será de 110 mil litros.
A necessidade de mudança surgiu devido a alguns contratempos enfrentados pela cooperativa nos últimos anos. Em 2012, uma enchente devastou a região e resultou na perda de todo o maquinário da cooperativa, além do estoque de Natal. Após a enchente, a cooperativa reconstruiu o seu supermercado, mas a usina permaneceu inalterada.
“Infelizmente, ocorreram mais duas enchentes subsequentes, o que levou a cooperativa a considerar duas alternativas: transferir toda a produção de leite para outra empresa ou construir uma nova planta. Assim, surgiu a oportunidade de adquirir um terreno adequado, e a cooperativa optou por iniciar a construção da nova fábrica”, explicou o presidente da cooperativa, Rolmar Botechia.
A nova planta terá uma capacidade de produção ampliada para 30 mil litros de leite por dia, em comparação aos antigos 8 mil litros por dia na fábrica anterior. Além disso, a capacidade de armazenamento diário será de 110 mil litros. Com essa ampliação, a cooperativa poderá diversificar sua produção e fabricar outros produtos lácteos, proporcionando mais oportunidades de emprego na região.
Além disso, a cooperativa está investindo em uma estação de tratamento de efluentes, o que trará benefícios tanto para o meio ambiente quanto para os produtores de leite.
A cooperativa conta atualmente com 252 cooperados, sendo que 98% deles são produtores familiares de Alfredo Chaves, Guarapari, Anchieta, Piúma, Itapemirim e Rio Novo do Sul.
Diariamente, a cooperativa recebe cerca de 25 mil litros de leite dos produtores, dos quais parte é transformada em produtos como queijo, manteiga, iogurtes e requeijão. Atualmente, a produção excedente é vendida para outras indústrias de laticínios, mas a partir de agora, a cooperativa planeja destinar 100% da produção leiteira para a própria indústria.
Com a nova fábrica, a Clac planeja expandir suas atividades, aumentar a produção e oferecer mais oportunidades de emprego na região. Além disso, a cooperativa completa 60 anos de existência, e a inauguração da nova planta é uma forma de homenagear o pecuarista Vitório Benincá, que, aos 96 anos, continua a enviar seu leite à cooperativa desde sua fundação.
“O empreendimento traz benefícios tanto para os produtores, que poderão comercializar seus produtos mais perto de suas propriedades, quanto para a economia local e os municípios capixabas, fortalecendo o desenvolvimento regional”, concluiu Botechia.
De acordo com o Sistema OCB/ES, as cooperativas do agronegócio registraram movimentação econômica de R$ 3,4 bilhões, o que representa 40,4% de toda a movimentação do cooperativismo capixaba em 2021.
As cooperativas do segmento de leite no Espírito Santo produziram 158,8 milhões de litros de leite, que corresponderam a 40,5% do total de 392,5 milhões de litros produzidos no Espírito Santo, segundo dados do IBGE.
As cooperativas informaram que 100% do volume de leite foi captado no Espírito Santo, principalmente nos municípios de Castelo (8 milhões de litros), Mimoso do Sul (7,4 milhões de litros), Alfredo Chaves (4,5 milhões de litros) e Anchieta (2,5 milhões de litros).
Os produtos lácteos das cooperativas capixabas renderam, em 2021, faturamento de R$ 602,4 milhões.
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