Jun 2023
6
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

Prejuízo soma R$ 131,5 milhões

O crescimento exponencial de 55% do volume de vendas representa o melhor desempenho para a companhia nos primeiros três meses do ano desde 2018.

As culturas que mais contribuíram para esse expressivo aumento foram o milho, que teve um crescimento de 100% em relação ao primeiro trimestre de 2022, e o café, com um aumento de 67%. As duas culturas são as principais compradoras dos fertilizantes da Heringer.

Além disso, houve um notável aumento no mix de produtos entregues pela empresa, especialmente nas culturas convencionais.

“Apesar desse crescimento, é relevante ressaltar que, em termos absolutos, o volume das entregas de produtos especiais foi considerado menor em 33%, possivelmente devido a um menor investimento em tecnologia por parte dos agricultores. No entanto, acreditamos que esse momento seja pontual e que não altere sua intenção de crescimento nos produtos especiais”, explicou Danilo Bergamin, representante da Heringer.

Em relação aos preços das matérias-primas importadas, registrou-se uma evolução nos três principais produtos: ureia, cloreto de potássio e MAP. Entre dezembro de 2022 e março de 2023, o preço da ureia apresentou uma queda de 36%, o cloreto de potássio caiu 12%, enquanto o MAP registrou um crescimento de 1%.

Segundo o porta-voz da empresa, Danilo Bergamin, essa queda nos preços no mercado internacional é resultado da grande disponibilidade de matérias-primas no mercado externo e da postergação na decisão de compra por parte dos produtores.

Em relação à produção nacional de grãos e área plantada, de acordo com o 8º levantamento da Conab referente à safra 2022/23, estima-se que o Brasil apresentará um crescimento de 15,2% na produção de grãos em comparação a 2021/22, atingindo um recorde de cerca de 314 milhões de toneladas.

Esse aumento na produção agrícola representa um cenário favorável para a Heringer, que poderá aproveitar esse contexto para impulsionar ainda mais suas vendas no mercado.

Vale destacar que o custo dos produtos vendidos subiu mais de 30% em um ano e alcançou R$ 1,4 bilhão, já os pagamentos de fretes e comissões também aumentaram cerca de 47%. As despesas administrativas também aumentaram mais de 65% em um ano.

Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 139,3 milhões, ante um resultado positivo de R$ 85,1 milhões um ano antes.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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