Espírito Santo destina 372 mil quilos de embalagens de agrotóxicos para reciclagem em 2022
Comunidades indígenas bloquearam três rodovias estaduais de Aracruz, no Espírito Santo, em vários momentos desta quarta (07). Os bloqueios afetaram o tráfego de veículos e impediram o acesso de automóveis pertencentes a indústrias da região, apesar de uma liminar emitida pela justiça do município proibir tais ações. O documento determinou a abstenção de bloqueios nas rodovias ES-010, ES-257, ES-445 e ES-456, estipulando uma multa diária de R$ 2.000,00 por pessoa que desrespeitasse a ordem judicial. Estima-se que, nos últimos 12 meses, os prejuízos em decorrência de bloqueios de rodovias e ferrovias no Espírito Santo durante manifestações, totalizaram R$ 14,5 milhões.
A solicitação para intervenção judicial foi feita pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), após uma semana de manifestações relacionadas à aprovação do marco temporal para a demarcação de terras indígenas na Câmara dos Deputados, em 31 de maio. Atualmente, o projeto de lei segue para o Senado.
Protestos em todo o país surgiram devido ao tema ter sido discutido no Supremo Tribunal Federal (STF), com um caso em Santa Catarina que pode ter implicações nas decisões sobre a demarcação de territórios.
Os manifestantes não cumpriram a ordem judicial que proibia bloqueios nas rodovias, bem como a paralisação de caminhões, carretas, ônibus e outros veículos pertencentes a indústrias do estado.
Com isso, uma longa fila de carros se formou na rodovia ES-010, em Aracruz, prejudicando a livre circulação da população e causando danos econômicos e sociais ao setor produtivo.
Diante deste cenário, o Fórum de Entidades e Federações do Espírito Santo (FEF), que representa as federações das Indústrias, Comércio, Agricultura, Transportes e o Espírito Santo em Ação, manifestou seu repúdio às interdições nas rodovias estaduais, bem como no trecho ferroviário em Aracruz que faz parte da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
“Os impactos são variados e imediatos, e comprometem, inclusive, a credibilidade e a imagem do nosso estado. Por exemplo, empresas da área de logística florestal que atuam na cadeia de celulose têm um prejuízo de mais de R$ 500 mil por dia, considerando o que deixa de ser transportado em madeira. Na ponta, o resultado é uma redução da produção de celulose, gerando perdas diárias de R$ 22 milhões”, informou em nota.
Um dos pontos destacados é que os protestos ocorreram às vésperas do feriado nacional de Corpus Christi, um momento em que o tráfego nas rodovias aumenta consideravelmente.
“É urgente e determinante que as autoridades competentes atuem para garantir a livre circulação e o cumprimento da decisão judicial. O fórum reforça o seu compromisso com o bom ambiente de negócios e espera uma solução rápida para evitar ainda mais prejuízos para as empresas e a sociedade capixaba”, concluiu a nota.
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