Jun 2023
9
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Central de recebimento de embalagens fica em Linhares

Apesar do Espírito Santo não estar entre os primeiros da lista dos estados que mais destinam corretamente as embalagens vazias de agrotóxicos, o volume destinado no estado é proporcional ao seu consumo.

“O estado consome menos de 1% do total nacional de defensivos agrícolas, o que reflete na quantidade de embalagens vazias. Mais de 80% dos agricultores capixabas que adquirem defensivos agrícolas devolvem as embalagens nas lojas ou nas unidades de recebimento”, explicou Jair Furlan Junior, coordenador de Operações do inpEV.

No Espírito Santo, há uma central de recebimento de embalagens vazias em Linhares, além de oito postos em operação nos municípios de Pinheiros, Jaguaré, Colatina, Itarana, Conceição do Castelo, Irupi, Venda Nova do Imigrante e Cachoeiro de Itapemirim. Todas as lojas que vendem agrotóxicos são obrigadas a possuir uma Unidade de Recebimento de Embalagens Vazias, possibilitando que todas as lojas do estado recebam esse material.

Desde 2002, o inpEV atua no Espírito Santo, participando da implantação de diversas unidades de recebimento e contribuindo para a criação de normas estaduais relacionadas ao tema.

Além disso, o instituto realiza ações de educação ambiental nas escolas, promove atividades educativas para a comunidade durante o Dia Nacional do Campo Limpo, oferece orientações sobre recebimentos itinerantes de embalagens vazias e incentiva a criação de leis municipais que estabelecem a “Semana do Campo Limpo”.

Ao longo das atividades de destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos no Espírito Santo, aproximadamente 4.933.981 kg já foram destinados adequadamente para reciclagem e incineração.

No período de janeiro a maio deste ano, foram destinadas para reciclagem no Espírito Santo cerca de 113.940 mil quilos de embalagens vazias de agrotóxicos, excluindo aquelas que ainda estão nos postos de recebimento. No entanto, uma das principais dificuldades enfrentadas no estado é o fato de que a maioria das propriedades são pequenas, o que resulta em vendas pulverizadas.

“Os produtores nessas pequenas propriedades tendem a adquirir quantidades reduzidas de defensivos agrícolas devido ao perfil da agricultura familiar. Como resultado, algumas embalagens acabam sendo descartadas junto ao lixo doméstico. Para lidar com essa questão, o inpEV disponibiliza postos de recebimento itinerantes, que se deslocam até as propriedades para recolher o material”, comentou.

É importante lembrar que o descarte irregular dessas embalagens é crime ambiental, segundo a Lei nº 9.974/00, portanto, é responsabilidade tanto do agricultor quanto dos responsáveis que fazem parte dessa cadeia de produção e utilização, o descarte correto desses materiais.

“A devolução contribui para evitar a contaminação do solo”

Segundo Jair Furlan Junior, os produtores que desejam enviar suas embalagens vazias precisam fazer um agendamento prévio para evitar filas e superlotação das unidades de recebimento.

O cadastro é feito no momento da devolução das embalagens, com o objetivo de emitir o Comprovante de Devolução, documento exigido por lei. O coordenador do instituto lista os principais benefícios do envio das embalagens vazias pelos produtores.

“Além de ser uma obrigação estabelecida em lei, a devolução contribui para evitar a contaminação do solo, das águas subterrâneas e do lençol freático, uma vez que as embalagens deixam de ser enterradas. Também evita a contaminação da atmosfera por gases tóxicos e de efeito estufa, já que as embalagens não são queimadas, além de evitar a reutilização desses recipientes para o transporte de água, leite e outros produtos, evitando assim a contaminação das pessoas”, concluiu Furlan.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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