Jun 2023
13
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Cacauicultor investiu R$ 150 mil na reforma da hospedagem sensorial

A história da fazenda remonta à terceira geração da família de Emir Macedo Gomes. Tudo começou com seu avô, que veio da Bahia para plantar cacau no Espírito Santo. A propriedade foi passando de geração em geração, e Emir, seguindo os passos de seu pai, continuou a tradição familiar.

No entanto, em 2001, uma plantação de cacau foi devastada pela “vassoura de bruxa”, uma doença causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, que provoca deformação, apodrecimento e morte nas partes afetadas dos cacaueiro.

Para se reinventar, ele renovou a fazenda, utilizando materiais mais produtivos e implementando sistemas de irrigação. Além disso, diversificou as atividades da propriedade, não se limitando apenas à produção de matéria-prima para a indústria do cacau, mas também buscando atuar no mercado de qualidade.

A fazenda passou a abrigar um viveiro de mudas que fornece para todo o Brasil, e seus derivados de cacau ganharam destaque. Além disso, o local passou a receber visitantes dispostos a conhecer a cultura do cacau, com três modalidades de agroturismo. O turismo pedagógico é voltado para escolas e jovens, onde é explicada a importância do cacau para a região. Já o turismo científico atrai pesquisadores e estudantes de agronomia. Por fim, o turismo turístico proporciona aos visitantes uma vivência completa com a cultura do cacau.

Foi justamente durante essas visitas que surgiu a ideia de criar uma “Casa da Vila”. A demanda dos turistas por uma hospedagem imersiva motivou a transformação da casa sede da fazenda em um espaço temático, dedicado exclusivamente à cultura do cacau.

A casa, construída na década de 50, foi reformada com um projeto arquitetônico que preservou sua estrutura original, porém incorporando elementos decorativos e objetos relacionados ao cacau. O investimento de R$ 150 mil possibilitou a criação de um ambiente autêntico.

A “Casa da Vila” possui três quartos, uma sala ampla, quintal e jardim. Além disso, a cozinha rústica está equipada com utensílios modernos, e um fogão à lenha oferece uma vista para a plantação de cacau, conhecida como cabruca.

Com inauguração marcada para o dia 4 de agosto, a “Casa da Vila” promete oferecer uma imersão completa na cultura do cacau.

“O objetivo é atender às expectativas dos visitantes que desejam ter contato com a natureza, relaxar e desfrutar de uma experiência única. Nós temos planos de expansão futura, incluindo a criação de chalés e uma área de lazer, também queremos tornar a fazenda um destino ainda mais completo, oferecendo passeios a cavalo, charrete e a construção de um mirante para contemplar a exuberante natureza da Mata Atlântica”, explicou o cacauicultor Emir Macedo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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