Jun 2023
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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150 empresas serão qualificadas para exportar seus produtos e serviços

Os empresários escolheram o Uruguai como seu mercado-alvo, devido à crescente demanda por produtos menos industrializados nessa região.

O novo ciclo do programa, lançado ontem no Espírito Santo, permitirá que 150 empresas se qualifiquem para exportar seus produtos e serviços até 2025, incluindo 25 vagas exclusivas para o polo de cafés especiais localizado em Linhares.

Na parte do agro, o programa também inclui empresas de cachaça, lácteos e destaca os cafés especiais como um segmento em ascensão.

Produtores de cafés especiais demonstraram interesse em expandir suas operações para o mercado internacional, mas enfrentam desafios na obtenção das informações necessárias para se aventurarem nesse cenário.

“O programa PEIEX surge como uma oportunidade para suprir essa necessidade, fornecendo capacitação e orientação especializada. Além disso, os produtores que já estão participando do programa possuem cafés de alta qualidade, com pontuações acima de 80 e até mesmo acima de 90 pontos, o que indica um potencial lucrativo no mercado internacional”, destacou Isabela Spadetti, extensionista do programa.

O novo ciclo do PEIEX no Espírito Santo é realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL ES), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A Apex Brasil tem como objetivo transformar as empresas em exportadoras regulares e permanentes, abrangendo diversos setores, como indústria, agronegócio, cooperativas e tecnologia da informação. A gerente de Competitividade, Clarissa Furtado, explica que a atuação se estende por todo o território nacional.

“O objetivo é compreender as barreiras que essas empresas enfrentam no mercado internacional, as oportunidades existentes e as adaptações que precisam fazer no produto. Exportar não é uma tarefa fácil, mas é possível. As empresas que se aventuram na exportação têm a vantagem de diversificar seus mercados, aumentar sua visibilidade e ter acesso a novas oportunidades”.

No Espírito Santo, o aumento no número de empresas capixabas que comercializam para fora do país é evidente. Segundo dados do Ministério da Economia, o número de CNPJs cadastrados para exportação cresceu quase 88% em uma década, passando de 488 em 2012 para 873 em 2022. Os dados foram compilados pelo Observatório da Indústria da Findes.

“Esse crescimento reflete a força e o dinamismo do empresariado capixaba, que conta com uma indústria desenvolvida e presença de grandes empresas de commodities, como Vale, Suzano e ArcelorMittal. O Espírito Santo já se estabeleceu como uma porta consolidada tanto para importação quanto para exportação, obtendo sucesso em diversos setores”, destacou Paulo Baraona, vice-presidente da Findes.

Empresas de cafés especiais capixabas terão polo exclusivo

Durante o período de 2020 a 2022, o PEIEX alcançou um marco importante ao atender e qualificar um total de 3.522 empresas nas cinco regiões do Brasil. Dentre elas, 67% são classificadas como micro e pequenas empresas. Além disso, 516 dessas empresas exportaram diretamente, alcançando um valor total de 1,62 bilhão de dólares.

O Espírito Santo, em particular, obteve resultados durante o primeiro ciclo do programa, entre 2015 e 2018, com 159 empresas qualificadas. Entre 2018 e 2021, esse número aumentou para mais de 200 empresas, totalizando mais de 350 empresas capixabas preparadas para ingressar no mercado internacional até o momento.

Nesta nova fase, está previsto o atendimento de 150 empresas, que terão a oportunidade de sair com um plano de exportação em mãos. Dentre elas, 25 serão destinadas a produtores e empresas de cafés especiais.

“Para participar, os produtores devem possuir uma certificação de qualidade para o café, garantindo que somente cafés de alta qualidade sejam incluídos no programa. Durante o processo, os participantes terão a chance de conhecer todo o procedimento de exportação. O foco seria nas empresas da região norte capixaba. No entanto, devido à proximidade e conexão com a região do Caparaó, várias empresas do Espírito Santo e Minas Gerais demonstraram interesse em participar”, avaliou o monitor Francisco Ramaldes.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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