Encontro Agro Business: Paraná se destaca com PIB de R$ 193 bilhões, puxado pela agropecuária
A cidade de Venda Nova do Imigrante, localizada na região serrana capixaba, está prestes a se tornar oficialmente a Capital Nacional do Agroturismo. Para alavancar o turismo de experiência na região e potencializar a geração de oportunidades e renda, o município está investindo na criação de uma marca turística. A intenção é colocar em evidência os principais atrativos turísticos, como as belezas naturais, patrimônio cultural, gastronomia, entre outros pontos. Com pouco mais de 25 mil habitantes, a região se destaca pela produção de produtos artesanais e pelo agroturismo. Durante a alta temporada, estima-se que entre 10 e 15 mil turistas circulam por final de semana pela região das montanhas capixabas.
Apesar de ser reconhecida como a Capital Nacional do Agroturismo, atualmente, o município não possui as documentações estratégicas e os recursos gráficos necessários para padronizar, comunicar e valorizar esses atributos.
Para reverter essa situação, a prefeitura do município e o Sebrae estão investindo em um convênio para a criação de uma marca turística que possa promover os atrativos da região e atrair ainda mais visitantes para a cidade.
O projeto que será desenvolvido pelo escritório Capixaba Balaio Design + Estratégia prevê a construção da marca turística de forma colaborativa, com a participação de diversos setores da sociedade.
A iniciativa também visa deixar uma identidade como legado para as futuras gestões, além da padronização e implantação de uma nova sinalização, mapeamento das iconografias e um inventário turístico de Venda Nova do Imigrante.
“Queremos desenvolver uma marca turística que seja representativa de Venda Nova do Imigrante e que possa ser utilizada por todos os empreendimentos do município. Acreditamos que essa iniciativa será fundamental para alavancar o turismo na região e para fortalecer a economia local”, afirmou o diretor do Balaio e consultor do Sebrae responsável pelo desenvolvimento do projeto, Carlos Dalcolmo.
Com o investimento na marca turística, a expectativa é que a cidade se torne um destino ainda mais desejado e possa contribuir para o desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa também deve gerar mais empregos e renda para a população local, além de fortalecer a identidade cultural da cidade.
“Marcas turísticas são ferramentas importantes para alavancar negócios em diversas partes do mundo, como em Amsterdã, Nova Iorque e Porto. Em Venda Nova do Imigrante não será diferente. Esse é apenas o primeiro passo”, conclui o consultor.
O município tem uma rota de agroturismo validada pelo Ministério do Turismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) no projeto Experiências do Brasil Rural, que capacita empreendedores para o desenvolvimento do turismo no campo.
Ela abrange cerca de 35 propriedades agrícolas familiares, hotéis e restaurantes, onde os turistas podem provar diversas especiarias e conhecer o processo de fabricação de produtos típicos da região, como cafés especiais, cervejas e biscoitos artesanais, artesanato de tecido, polenta e massas saborizadas.
Entre os atrativos estão vivências típicas do campo, como visitar um sítio e acompanhar a ordenha e a produção de laticínios. Os turistas também têm a oportunidade de conhecer a produção de socol (embutido de carne suína), participar da fabricação caseira de massas e praticar o “colha e pague” de morango.
As celebrações alusivas à colonização italiana também figuram entre as opções de turismo. Em outubro, ocorre a Festa da Polenta, que homenageia o alimento-base dos primeiros imigrantes. O ponto alto do evento é o “tombo da polenta”, quando 1.200 quilos da comida são despejados de uma panela gigante.
A cidade também sedia anualmente a RuralturES. Na última edição, o evento atraiu 40 mil pessoas em quatro dias de programação e movimentou mais de R$ 2,3 milhões apenas no local do evento, sem considerar a ocupação hoteleira e os serviços utilizados pela cadeia produtiva do turismo local e região.
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