Chocolate Lugano desembarca em Santa Teresa com investimento de meio milhão de reais
O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo registrou crescimento de 4,5% nos três primeiros meses do ano, evidenciando uma forte aceleração na economia capixaba. De acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o resultado foi mais que o dobro apresentado pelo Brasil, que apresentou aumento de 1,9% no mesmo período. Já a produção agrícola capixaba cresceu em cinco culturas e reduziu em cinco. A produção de coco foi a mais representativa, com o crescimento de 9,5%, já o café arábica apresentou queda de 17,4% devido à bienalidade negativa. Entenda.
Em relação às principais culturas agrícolas do Espírito Santo, a expectativa é de aumento na produção em cinco delas. Além do coco, espera-se crescimento na produção de banana (+2,1%), pimenta-do-reino (+1,6%), cacau (+0,8%) e mandioca (+0,8%).
Por outro lado, outras cinco culturas tendem a apresentar redução na produção: mamão (-18,1%), café Arábica (-17,4%), café Conilon (-9,7%), tomate (-2,4%) e cana-de-açúcar (-0,5%).
Um dos destaques no setor agrícola do Espírito Santo foi o crescimento da produção de coco, que apresentou um expressivo aumento de 9,5%.
Segundo o presidente do IJSN, Pablo Lira, esse crescimento foi impulsionado pela chegada de uma nova unidade produtiva no estado, o que agregou valor à produção de coco e fortaleceu o agronegócio local.
Nesta semana, a coluna Agro Business noticiou a chegada de uma nova fábrica de água de coco em Sooretama, com investimento de R$ 9 milhões da empresa 4 Estações, administrada pelos irmãos Maike e Diego Macena.
A capacidade produtiva será ampliada em quatro vezes, atingindo a marca de 1,4 milhão de litros por mês. Além de três fazendas do fruto, os empresários contam com o apoio de produtores e fornecedores de coco de diversos municípios capixabas.
No entanto, nem todas as culturas tiveram resultados positivos. O café arábica, por exemplo, sofreu uma queda de 17,4% devido à bienalidade negativa, enquanto o café conilon foi afetado por adversidades climáticas, como fortes ventos e chuvas, resultando em uma redução de 9,7% na produção.
O presidente do IJSN, Pablo Lira, destaca que os dados do primeiro trimestre refletem a contribuição do setor primário para o crescimento da economia capixaba.
“A produção de café, em especial, exerce um papel importante nesse impulso econômico. Mesmo com queda de produção, os níveis continuam elevados. Além disso, as pequenas propriedades familiares têm sido um destaque significativo no Espírito Santo, com presença em todo o território do estado”, explicou Lira.
Para alavancar ainda mais a produção familiar, a Secretaria de Agricultura do Espírito Santo criou uma subsecretaria específica para a Agricultura Familiar, fortalecendo ainda mais essa característica marcante da agricultura capixaba.
Recentemente, também foi lançado o programa da cafeicultura capixaba, que tem o potencial de impulsionar ainda mais a produção sustentável de café no Espírito Santo. A intenção é atingir até 2030 uma média de 60 sacas por hectare no conilon, avançando 44%, e 35 sacas por hectare no arábica, atingindo 64% de produtividade.
“Com perspectivas positivas para a agricultura, pecuária e agronegócio em 2023, a economia do Espírito Santo mostra-se em ascensão, impulsionada pelo setor primário e pelo sucesso de suas principais culturas agrícolas”, concluiu o presidente do IJSN.
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