Bienalidade negativa indica redução de 17,4% da produção capixaba de café arábica no primeiro trimestre
No Espírito Santo 24 municípios possuem ao menos uma cervejaria. Isso significa que 30,8% das cidades têm produção local da bebida, número que coloca o estado em terceiro lugar no ranking de densidade cervejeira, ficando atrás apenas dos estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina, com 42,4% e 32,5%, respectivamente. É o que aponta o Anuário da Cerveja 2022, principal relatório que traz dados do setor no país, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No Brasil, o crescimento do setor cervejeiro em 2022 ficou em 11,6%, essa expansão resultou na abertura de 180 novos estabelecimentos, totalizando 1.729 cervejarias em todo o país.
Enquanto o Brasil registra uma cervejaria para cada 123.376 habitantes, o Espírito Santo se destaca com uma proporção de uma cervejaria a cada 59.544 habitantes. O estado fica atrás apenas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
São Paulo mantém a liderança como o estado com maior número de cervejarias registradas, com a marca de 387 cervejarias. O estado também se destaca como sendo aquele com maior aumento no número de estabelecimentos em relação a 2021, apresentando um acréscimo de 47 cervejarias.
O Espírito Santo inaugurou 12 novas cervejarias chegando a um total de 69 fábricas. O aumento de 21% é superior aos 11,6% da média nacional e mantém o Espírito Santo como o sétimo maior parque cervejeiro do país em número de estabelecimentos.
José Olavo Medici Macedo, empresário e fundador da Cervejaria Else Beer, localizada em Viana, no Espírito Santo, comanda a primeira cervejaria artesanal capixaba a obter registro no Ministério da Agricultura. Fundada em 2012, a Else Beer destaca-se por produzir cervejas diferenciadas e com características únicas, sem o uso de conservantes ou aditivos químicos.
Com capacidade instalada para produzir 6.000 litros de cerveja por mês, a Cervejaria Else Beer prioriza o contato direto com o consumidor. “Por conta do volume pequeno de produção, nós trabalhamos muito a questão do foco direto do consumidor, participar de eventos, receber grupos da cervejaria na nossa fábrica. Estamos sempre procurando trabalhar essa característica da cerveja artesanal”, explicou.
Olavo destaca o crescimento do mercado cervejeiro artesanal no Brasil, ressaltando que o país se destaca pela concentração de cervejarias de grande porte. No ano passado, o Espírito Santo sediou a 1ª Copa Capixaba de Cerveja Artesana. A iniciativa da Associação das Indústrias de Cerveja Artesanal do Espírito Santo (Aicerva) busca promover e incentivar a produção de cervejas artesanais, aumentando a visibilidade da economia cervejeira local.
“O evento conta com a participação de jurados e busca fornecer um parecer técnico sobre as amostras dos produtos inscritos, auxiliando as cervejarias a melhorarem seus processos de fabricação e evoluírem as características de seus rótulos”, explicou Olavo, que também é diretor da associação.
Vale lembrar que o município de Viana tem o primeiro polo municipal de cerveja artesanal do país. Desde agosto de 2022, a iniciativa já recebeu a adesão de 14 cervejarias artesanais do estado em um protocolo de intenções e, com investimentos, tem o objetivo de tornar Viana a capital da cerveja e do lúpulo.
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. De acordo com dados da Euromonitor International, a previsão é que o volume de vendas de cerveja no país alcance 16,1 bilhões de litros em 2023, representando um crescimento de 4,5% em relação a 2022, conforme relatório do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).
Embora tenha apresentado uma ligeira redução nas exportações brasileiras de cerveja em 2022 em comparação a 2021, o anuário aponta que foram exportados 200.588.542 kg do produto, o que representa uma diminuição de 16,8%. Essa redução também impactou o valor total das exportações, porém, em menor escala. Em 2022, as exportações de cerveja brasileira atingiram um faturamento de US$ 120.047.504, uma queda de 8,7% em relação ao ano anterior.
Apesar desse declínio, o valor do produto exportado teve uma valorização de 9,1%, passando de uma média de US$ 0,55/kg para US$ 0,60/kg em 2022. Além disso, o mercado de exportação de cerveja brasileira apresentou uma expansão positiva. No ano passado, o Brasil exportou cerveja para 79 países diferentes, igualando o maior número registrado no período, que foi em 2020.
A América do Sul continua sendo o principal parceiro econômico na compra da cerveja brasileira, representando 98,4% das vendas. Os principais destinos são o Paraguai, seguido por Bolívia, Argentina, Uruguai e Chile.
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