Pimenta-rosa de São Mateus conquista reconhecimento de Indicação Geográfica
As exportações do agronegócio no Espírito Santo alcançaram 848,9 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano. Esse valor representa um crescimento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2022, impulsionando a economia do estado. Os três principais produtos que lideraram a pauta das exportações do agronegócio capixaba foram a celulose, o café e a pimenta-do-reino, juntos eles foram responsáveis por mais de 92,9% do valor total comercializado de janeiro a junho de 2023. A celulose se destacou como líder, representando 47,5% das exportações, somando um total de 403,2 milhões de dólares. Na sequência, o café obteve excelentes resultados com 310,0 milhões de dólares, enquanto a pimenta-do-reino alcançou 75,9 milhões de dólares em vendas ao exterior.
As maiores variações positivas entre os principais produtos sobre o valor comercializado foram para gengibre (+88,9%), celulose (+18,6%), café e derivados (+9,1%) e chocolates e preparados com cacau (+1,2%).
O crescimento do volume comercializado no primeiro semestre foi devido a variações positivas do gengibre (+42%), café e derivados (+26,6%), pimenta-do-reino (+9,9%) e celulose (+11,5%), que compensaram a queda da quantidade exportada de mamão, carne de frango e peixes.
No entanto, é importante destacar que houve variações nos preços médios internacionais. A pimenta-do-reino registrou uma queda significativa de 26,6%, assim como o complexo cafeeiro (-13,8%) e peixes (-9%). Por outro lado, os preços da carne de frango (+36,2%), gengibre (+33%) mamão (+22,2%) e celulose (+6,3%) tiveram um aumento favorável. Essas variações referem-se à comparação dos dados acumulados de janeiro a junho de 2023 com o mesmo período do ano anterior.
Para o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, esse desempenho no primeiro semestre é um indicativo promissor para o restante do ano.
“No acumulado do ano, alcançamos a ótima performance de 848,9 milhões de dólares nas exportações do agro capixaba, o que nos faz estimar um montante de cerca de 2 bilhões de dólares para este ano, tendo em vista que esperamos um crescimento ainda maior no segundo semestre para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializada em mais de 100 países”, afirmou o secretário de Agricultura Enio Bergoli.
O Espírito Santo foi o estado brasileiro com a maior exportação de pimenta-do-reino, mamão e gengibre, além de terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.
O café solúvel, em particular, tem se destacado como um produto de alto valor agregado no cenário internacional, representando atualmente 7% das exportações para o comércio exterior.
Somente no primeiro semestre, as receitas alcançaram US$ 55,3 milhões, aumento de 33,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e a expectativa é de um crescimento contínuo.
“A chegada de novas instalações industriais consolida o Espírito Santo como o maior polo de produção e exportação de café solúvel do Brasil em poucos anos”, ressaltou Bergoli.
O Espírito Santo tem se consolidado como um polo importante na produção e exportação de café solúvel no Brasil. A chegada de novas indústrias cafeeiras impulsiona esse setor, como a Café Cacique, maior exportadora de café solúvel do Brasil, e da multinacional Olam Coffee.
A Olam anunciou investimento de R$ 1 bilhão na fábrica de Bebedouro, no município de Linhares, onde está implantando uma unidade industrial para a fabricação de café solúvel em uma área de 300 mil metros quadrados. Anteriormente, a empresa já havia implantado dois empreendimentos em Nova Venécia e Muniz Freire.
Recentemente, a multinacional Mocoffee também anunciou investimento de R$ 20 milhões na construção de uma fábrica de monodoses de café em Linhares. Com capacidade inicial para produzir 100 milhões de cápsulas por ano, a instalação contará com um Centro de Inovação para desenvolvimento de novos produtos.
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