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Uma tendência nos países que investem na tecnologia fotovoltaica, as usinas solares flutuantes ganham cada vez mais destaque devido às vantagens em relação às usinas terrestres. Novos projetos estão sendo implantados em vários lugares do mundo e um deles fica no município de São Mateus, no Espírito Santo. A primeira usina flutuante está na etapa de finalização das obras e está prestes a entrar em operação. Com potência instalada de 145.6 kWp, o sistema utiliza uma tecnologia advinda da Itália e fornecida pela empresa Matriz Solar, sediada em Linhares.
O CEO da Matriz Solar, Paulo Geovane Pires Brito, destacou os benefícios desse tipo de instalação em relação às usinas terrestres.
“A maior vantagem é a possibilidade de aproveitar áreas produtivas sem a necessidade de desapropriação, um fator especialmente importante no Espírito Santo, onde os metros quadrados são caros devido ao tamanho reduzido e alta produtividade do estado. Além disso, a usina flutuante aproveita a energia do sol de forma mais eficiente, economizando energia elétrica”, explicou.
Paulo também enfatizou o custo-benefício do projeto, que permitirá o retorno do investimento em aproximadamente 3,5 anos. O produtor Wagner Livramento investiu cerca de R$ 625 mil na usina, além de não ter precisado abrir mão de uma área produtiva.
Assim, a usina flutuante foi uma opção para preservar as áreas de plantio. Prevista para ser inaugurada em breve, ela possui uma capacidade de geração de aproximadamente 17.400 quilowatts por mês, gerando uma economia de cerca de R$ 14.000 mensais em energia elétrica.
A Matriz Solar, empresa responsável pelo projeto pioneiro, atua há quase cinco anos, atendendo principalmente o público rural e como distribuidora de equipamentos fotovoltaicos. Com mais de 1.000 clientes já beneficiados por seus projetos, a empresa faturou R$ 40 milhões em 2022 e prevê um crescimento médio de 20% em 2023.
Além das filiais em São Mateus e Pedro Canário, a empresa já atua no Espírito Santo e no sul da Bahia, e agora está dando os primeiros passos no leste de Minas Gerais.
A tecnologia utilizada na usina flutuante é patenteada na Itália e já foi utilizada em grandes usinas, incluindo algumas no Nordeste do Brasil. A estrutura é projetada para suportar condições climáticas extremas, como enchentes e secas, garantindo a eficiência da geração de energia mesmo em circunstâncias adversas.
“Com a inauguração da primeira usina flutuante no Espírito Santo, abre-se uma nova perspectiva para o aproveitamento dos recursos locais na geração de energia limpa. O projeto pioneiro pode abrir caminho para mais usinas flutuantes no estado”, explicou Paulo Geovane.
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